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Dá-se o nome de corte raso a retirada de toda vegetação de uma área de floresta. A exposição do solo gera uma cor rosa (na verdade, magenta) nas imagens de satélite, um alerta que aquela área passa por um processo bem conhecido: o desmatamento. O último boletim do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, mostra que as motosserras continuam trabalhando com afinco na Amazônia. Só em janeiro, 188 km² de mata foram derrubadas, um aumento de 74% em relação ao mesmo mês de 2019, quando o desmatamento alcançou 108 km².
O Pará continua no topo da lista dos estados que mais desmataram. Quase um terço (28% ou 55 km²) de todo desmatamento de janeiro ocorreu em solo paraense, estado que abriga a Terra Indígena mais desmatada do mês, a Ituna/Itatá, localizada entre os municípios de Altamira e Senador José Porfírio. Ituna/Itatá é território de índios isolados descritos desde a década de 1970. Nove quilômetros foram desmatados dentro do território indígena.
Após o Pará, os estados que mais desmataram em janeiro são: Mato Grosso (26%), Rondônia (15%), Amazonas (13%), Roraima (13%), Acre (4%) e, por último, Amapá (1%).
Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD/Imazon):
Agosto: +63% (↑)
Setembro: +80% (↑)
Outubro: +212% (↑)
Novembro: +23% (↑)
Dezembro: -8% (↓)
Janeiro: +75% (↑)
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