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Em 5 anos, 323 toninhas foram encontradas mortas no litoral norte de São Paulo

Apenas 2% das toninhas localizadas entre São Sebastião e Ubatuba estavam vivas durante registro de encalhe, segundo dados do Instituto Argonauta

Redação ((o))eco ·
20 de abril de 2023
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Entre 2017 e 2022, 323 toninhas encontradas encalhadas nas praias entre São Sebastião e Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, estavam mortas. Isso corresponde a 98% das ocorrências registradas pelo Instituto Argonautas, que monitora as praias da região. 

A cidade que registrou o maior número de encalhes nos últimos cinco anos foi Ubatuba (42,4%), seguida de São Sebastião (28,7%), Ilhabela (20,3%) e Caraguatatuba (11,3%). Ao todo, o instituto registrou 330 ocorrências de encalhes do menor golfinho do Brasil. 

O Instituto Argonauta é uma das instituições que executam o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). 

 “Temos visto um número considerável de ocorrências de toninhas mortas, muitas com uma morte relacionada à captura acidental pela pesca, que é considerada hoje a maior ameaça à essa espécie, seguida pela poluição do ambiente marinho”, alerta a bióloga Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do PMP-BS no trecho 10 do Instituto Argonauta, compreendida entre Ubatuba e São Sebastião. 

Foto: Divulgação/Instituto Argonauta

De janeiro a março de 2023, o Instituto Argonauta já contabilizou um total de 26 atendimentos a ocorrências envolvendo encalhes de toninhas nas praias de Ubatuba (46%), Caraguatatuba (19%), São Sebastião (19%) e Ilhabela (15,4%). Em todos os encalhes, os animais foram encontrados mortos.

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