Em um ano no qual o Pantanal mais uma vez está em chamas, o documentário “Sinfonia da Sobrevivência” chega ao circuito de festivais de cinema mais atual do que nunca. Filmado nos anos de 2020 e 2021, quando o bioma enfrentava grandes incêndios que chamaram atenção do país e do mundo, o longa apresenta, de forma crua e sensível, a luta incansável de centenas de profissionais e voluntários para combater o fogo e socorrer os animais. Sob uma perspectiva subjetiva, o filme convida os espectadores a testemunharem o impacto das chamas na maior planície alagável do planeta.
Dirigido por Michel Coeli, que traz no currículo as experiências nos registros das guerras do Iraque, da Síria e da Ucrânia, o documentário vai ao front de outro tipo de batalha, dos brigadistas, bombeiros, veterinários e voluntários em defesa do Pantanal e da vida selvagem.
“A gente só tem noção da dimensão e da complexidade da tragédia quando a vê de perto. O assunto sai da grande imprensa e a gente acha que o fogo apagou e o problema está resolvido. Não é bem assim. O impacto da devastação faz com que os animais sigam sofrendo por conta da falta de alimentos e água”, explica o diretor Michel Coeli.
O documentário de 80 minutos terá sua première nesta quinta-feira (17), na 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Outras duas sessões serão realizadas durante o festival, nos dias 21 e 25 de outubro (veja a programação da Mostra). O filme é a estreia do diretor em longas e está na mostra competitiva Novos Diretores.
Ainda não há data para estreia nos cinemas.
Leia também
Brasil em chamas: a crise das queimadas em imagens
Seca histórica e altas temperaturas fazem o número de queimadas bater recordes. Fumaça de incêndios chegou a cobrir mais da metade do país →
Justiça libera ajuda de ongs a animais vítimas do fogo, seca e fome no Pantanal
Pressão social e da mídia ajudou a derrubar o veto do governo Mauro Mendes (União Brasil) para o auxílio à fauna silvestre →
Animais silvestres enfrentam fogo, fome e sede no Pantanal
ONGs tentam reverter veto do MT para ajuda à fauna nativa e avisam que a biodiversidade será prejudicada no longo prazo →