O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), através da Diretoria de uso Sustentável da Biodiversidade e Floresta (DBFlo), realiza entre os dias 07 a 21 de outubro, consulta pública sobre o Diagnóstico e a Estrutura do Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali em estado asselvajado no Brasil. O objetivo é traçar métodos para conter os prejuízos que essa espécie invasora está provocando ao meio ambiente e à agricultura no país.
Espécie nativa da Europa, Ásia e África, o javali (Sus scrofa) começou a se espalhar pelo Brasil na década de 1960. O animal é classificado como uma das cem piores espécies exóticas invasoras do mundo pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN).
As contribuições da consulta pública serão analisadas e submetidas à oficina prevista para novembro de 2016.
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Na realidade o IBAMA não tem o menor interesse em controlar pragas invasoras. Basta ver o que acontece na Reserva Biológica do Guaporé (REBIO GUAPORÉ), onde cerca de 15.000 (quinze mil) búfalos asselvajados estão arrasando a Reserva, fazendo trilhas que assoreiam rios, lixiviam a terra, prejudicam muito a vegetação natural e competem com a fauna local por alimento e abrigo.
E isso tudo dentro de uma Unidade de Conservação… Imagine-se o resto!
E só para se ter uma ideia da burocracia (Ibama e Exército, principalmente) a ser cumprida para se poder matar um javali, vejam:
http://www.fundepecgo.org.br/home/ibama-e-fabrica…
Como exterminar os javalis e seus híbridos é impossível, o Ibama deveria desburocratizar a IN 03/2013 de forma a tornar o controle da praga invasora como se faz com ratos, os quais constam da mesma lista das cem piores espécies invasoras do planeta elaborada pela insuspeita organização ambientalista União Internacional de Conservação da Natureza, que recomenda a eliminação das mesmas.
Para se controlar ratos não é necessário qualquer cadastro junto ao Ibama, por que então para controlar o javali é necessário? Porque é maior?
É preciso lembrar ao presidente do Ibama a sua responsabilidade em relação à preservação do meio ambiente e as consequências criminais de sua omissão previstas nos incisos I, II e VII do § 1º e § 3º do Art. 225 da Constituição Federal , e Artigo 61 e Lei 9605 de 12/02/1998, além da responsabilidade da União de indenizar os agricultores pelos danos causados, pois todos os animais são propriedade do estado.
O Ibama deve ter a coragem de enfrentar os pseudo defensores de animais e pseudo ambientalistas (mas que não defendem a fauna e flora nativas e que se preocupam somente com a espécie invasora) ao invés de ameaçar com multas aqueles que se habilitaram a colaborar com o órgão para resolver um problema que esse mesmo órgão tardou a enfrentar, problema esse que cresceu de forma incontrolável devido a essa omissão.
Precisamos começar a copia o que dá certo no resto do mundo quanto ao manejo sustentável da fauna, pois copiar o que funciona não é sinal de demérito e sim de inteligência.
Acho que o maior tabu, José Luiz, é a arma de fogo. Ratos são controlados por veneno e ratoeiras, métodos incruentos. Para os ambientalistas de salão, isto pode.
Já uma espingarda ou rifle…NOSSA!!! Faz sair sangue, tadinho…
De fato Leôncio, num país onde se pretende desrmar a população para fins de controle social, não se pode admitir a prática da caça, mesmo que as autoridades concordem que é o unico método eficaz para controle de uma praga. Para se caçar, ou melhor dizendo "controlar" javalis, precisa-se de armas e o governo e o exército não querem a população armada. O inimigo é o povo.
José, a questão principal é o risco para a fauna nativa. Eu já tive muito contato com caçador. Se você dá uma autorização de pesca para o camarada, ele já acha que pode matar um preá na beira do rio. Muita gente, como você aponta, não vê diferença entre matar uma capivara e matar uma anta. Hoje as capivaras não estão mais em tanto risco de extinção como já estiveram, porém as antas estão em declínio.
O problema de autorizar a caça como controle de javalis no Brasil é que a maioria não sabe a diferença entre um javali e uma queixada. Tem muito agricultor que tem população de queixada invadindo o milharal e acha que é javali. Ou pior, tem aqueles que sabem que tem uma população de 200 queixadas nativas perto da sua propriedade e defende que tem que ter controle, porque o bicho tá reproduzindo demais. Por conta de toda essa falta de informação do brasileiro é que a caça não é permitida aqui.
E sobre usar os EUA como exemplo de sucesso, como biólogo e conhecedor do impacto da caça sobre a redução da biodiversidade, eu diria que o senhor está redondamente enganado. Eles podem até ter tido sucesso em eliminar espécies, agora em proteger o meio ambiente, eles estão muito atrás do que nós temos feito aqui no Brasil. O Brasil, por pior que sejam as nossas políticas ambientais, ainda é uma referência internacional em proteção ambiental.
Prezado Michel Delgado, a minoria que eventualmente não cumpre a regra não pode servir de parâmetro para se proibir o que quer que seja, se não proibiriamos pessoas de dirigir pois alguns dirigem bêbados. É precio punir o infrator e não tomar todos os caçadores como predadores. Eu não mencionei que as pessoas não fazem diferença entre matar uma capivara e uma anta. Estamos tratando somente do javali e seus hibridos. Não creio que as pessoas sejam tão ignorantes a ponto de não saber a diferença entre um jabali e uma quaixada, principalmente as que moram na zona rural. A mesma argumentação é usada pelas autoridades com relação ao direito ao acesso a armas de fogo para defesa. Tratam todos como incapazes que necessitam ser tutelados o tempo todo. Isso é elitismo. Mas como mencionou as queixadas e capivaras, onde há superpopulação o menejo sutentável é possível sim. Com isso o Estado teria uma importante fonte de renda para investir na preservação. Caso não conheça, posso lhe enviar estudos realizados por profissionais da EMBRAPA, IAC e ESALQ-USP indicando essa possibilidade. Quanto aos EUA, me perdoe mas acho que o sr. é que está redondamente enganado. Lá há mais animais hoje do que há cem anos, justamente devido a atividade de caça regulamentada. E a presevação de áreas para a prática da caça beneficia muitas outras espécies que não são objeto da atividade. Os números nos links que seguem são de 2011. US$ 38 bilhões não é pouca coisa.
http://www.ammoland.com/2013/09/hunting-in-americ…
http://www.nssf.org/PDF/research/HuntingInAmerica…
As pessoas não preservam aquilo que não dá lucro e o Estado, sempre tão carente de recursos para atender os direitos básicos dos cidadãos que pagam impostos, como saúde, educação e segurança, não pode se dar ao luxo de financiar a preservação do meio ambiente só por que alguns ambientalistas de gabinete (que não dão um centavo pela conservação) não gostam. Não é o seu caso, pois demonstrou isso em seu comentário.
Bois, porcos e frangos jamais estarão ameaçados de extinção enquanto as pessoas os comerem. Se um dia todos se tornarem vegetarianos ninguém mais os criará e só veremos algumas exemplares em zoológicos. É o que volto a afirmar; ninguém preserva aquilo que não dá lucro. Infelizmente é simples assim.
Mas para não ficarmos somente no exemplo americano, podemos buscar exemplos de sucesso que vem funcinando há seculos na Europa. Também nossos vizinhos argentinos, uruguaios e paraguaios tem muitos a nos ensinar.
Em Córdoba na Argentina, a população de pombas praticamente inviabiliza a atividade agrícola, mas geram emprego e renda para propriedades rurais que se transformaram em lodges de caça.
http://www.postadelnorte.com/brazil/o-lodge.html
Uruguai, outro exemplo de sucesso.
http://www.unhunting.com/wing_pt.html
Em abril de 2014 a Secretaria de Meio Ambiente do Paraguai emitiu a Resolução 799/2014 abrindo a temporada de caça aos pombos por cinco anos.
http://huntforever.org/2014/04/02/paraguay-opens-…
Quanto ao Brasil ser uma referência, temos muitos mais espécies ameaçadas de extinção do que os países citados.
Só complementando o meu comentário, onde ocorrem danos a agricultura e pecuária devido a infestação de queixadas, capivaras e onças, como o órgão ambiental não soluciona o problema, nem o Estado indeniza os prejuízos, esses animais são mortos e enterrados e ninguém fica sabendo oficialmente. São milhões de reais jogados fora. Não creio que essa política ambiental seja preservacionista.
Delgado, hoje se sabe que a caça amadora esportiva regulamentada é a principal e mais eficiente ferramenta de gestão de vida selvagem que existe. A caça é estimulada e praticada por TODOS os países desenvolvidos, sem exceção. Hoje não se caça em Bangladesh, Butão, Índia, Coreia do Norte e Brasil, somente. Não acho que estamos em boa companhia. Eu preferiria que meu país estivesse com Canadá, Finlândia, Alemanha, Nova Zelândia, Estados Unidos e outros de primeiro mundo. E não será muita arrogância e prepotência achar que Dinamarca, Espanha e Holanda, por exemplo, devam usar o Brasil como referencia?
E não, os Estados Unidos não tiveram sucesso em eliminar espécies, mas sim em protegê-las, evidentemente junto ao meio em que vivem. Nos anos 30, algumas espécies norte-americanas que se prestam para caça estavam ameaçadas, por redução de ambiente e por caça mal regulamentada, sendo as principais o bisão, o elk, o veado da cauda branca, o peru selvagem e algumas espécies de patos e gansos. Você já ouviu falar no Pittman Robertson Act? Por favor, veja: https://en.wikipedia.org/wiki/Pittman%E2%80%93Rob… .
E no "duck stamp"? Veja em: https://en.wikipedia.org/wiki/Federal_Duck_Stamp .
Conhece o programa "Ducks Unlimited"? Mais uma vez peço que veja: https://en.wikipedia.org/wiki/Ducks_Unlimited .
Esses programas foram TODOS empreitadas de CAÇADORES para proteção de ambientes e espécies. E hoje os EUA contam com centenas, e em alguns casos, milhares de vezes mais animais do que nos anos 30. Todos os que citei, inclusive o bisão americano, já são hoje caçados regularmente em muitos estados. E com a proteção desses ambientes, muitas espécies, inclusive as que não interessam ao esporte da caça, se beneficiam com a preservação desses habitats.
Isso tudo não é uma questão de "eu acho", ou "eu penso que". São fatos. São indiscutíveis. Estão aí, e são cientificamente comprovados. A I.U.C.N. – organização civil insuspeita, que evidentemente você conhece – endossa o esporte da caça como importante ferramenta para a conservação. Por favor, mais uma vez peço que veja em: http://cmsdata.iucn.org/downloads/iucn_informingd… .
Você, como biólogo, certamente apreciará essas minhas sugestões de sites, se é que já não os conhece..
E o José Luiz tem toda a razão: o recurso natural TEM QUE TER UM VALOR ECONÔMICO, senão não será preservado, evidentemente. Por que a floresta no Brasil vale mais deitada do que em pé? Porque a terra você explora, a floresta não.
Enquanto o governo, IBAMA, DBFlo e assemelhados fazem consultas públicas, traçam métodos e organizam oficinas, os javalis fazem filhotes.
A burocracia exigida para se matar um javali é imensa e caríssima. A documentação exigida pelo Exército e os custos são insuportáveis. Licenças de toda a ordem e proibições de toda a sorte impedem que se faça o que se tem que fazer.
Os responsáveis pelo IBAMA e ICMBio deveriam olhar um pouco adiante de seus umbigos, para os EUA, por exemplo, e verificarem o que se está fazendo por lá como tentativas de controle dos "feral hogs" que invadiram muitos Estados do país. Os americanos, que são "gun friendly" em sua imensa maioria e têm a caça como tradição, não estão conseguindo controlar como queriam o invasor.
E são autorizados a matá-los de caminhonetes e helicópteros, com armas automáticas. Cevam bandos com comida e depois que estão acostumados usam explosivos (dinamite e outros) para matarem o maior numero possível.
E nós fazendo oficinas…