Salada Verde

Integrantes do Greenpeace são presos após protestos no Palácio do Planalto

Em protesto ocorrido na manhã desta quarta-feira (23), grupo foi conduzido pela PM para a delegacia por derramar substância parecida com óleo

Sabrina Rodrigues ·
23 de outubro de 2019 · 5 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
Grupo simulou derramamento de óleo e o espalhou em frente ao Palácio do Planalto. Foto: Adriano Machado/Greenpeace.

Na manhã desta quarta-feira (23), um grupo de 19 ativistas do Greenpeace foram levados até a 5ª Delegacia de Polícia, em Brasília, após realizarem um protesto em frente ao Palácio do Planalto contra as manchas de petróleo no Nordeste. Os manifestantes foram conduzidos pela Polícia Militar após derramarem uma substância parecida com óleo na calçada do Palácio do Planalto e serem acusados de cometer crime ambiental.  

Procurados por ((o)) eco, o Greenpeace afirmou que não há acusações formais até o momento contra os manifestantes. Sobre a substância, a ONG afirmou se tratar de uma mistura feita com maizena, tapioca, um corante dissolúvel e óleo de amêndoas para simular o petróleo. 

Os ativistas foram liberados por volta das 13h.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a falar mal do Greenpeace em sua conta no no Twitter. Salles publicou um vídeo que mostra o resultado do ato e acusou a ONG de “depredação do patrimônio público”: 

A celeuma entre o Greenpeace e o governo federal não é de agora e parece não terminar tão cedo. Na segunda-feira (21), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criticou a ONG por estar ausente da limpeza junto à população das praias contaminadas pelo óleo: “O Greenpeace explicou por que não pode ajudar a limpar as praias do Nordeste… ahh, tá…(sic)”. 

Voluntários da ONG estão atuando para limpar as praias afetadas. O vídeo compartilhado por Salles estava editado, o que fez a entidade se manifestar: “No lugar de agir de forma concreta, Ricardo Salles prefere culpar ONGs como o Greenpeace. O ministro MENTE e espalha falácias sobre a atuação de ONGs, como vimos nas queimadas na Amazônia, como forma de desviar a atenção da sua própria inação e incompetência”, escreveu o Greenpeace no Twitter.

Integrantes do Greenpeace foram conduzidos até a 5ª Delegacia de Polícia, em Brasília, sob acusação de crime ambiental após derramar substância suspeita em frente ao Palácio do Planalto. Foto: Adriano Machado/Greenpeace.

 

 

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  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

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Comentários 4

  1. Flávio diz:

    GreenPeace, assim como a maioria das grandes ONGs, estão prestando um primoroso serviço de esclarecimento ao público sobre o aparelhamento ideológico e partidário da questão ambiental.
    O padrão #resistência criou um problema para esta galera: Se ajudam a esclarecer a natureza do problema e se juntam aos esforços de limpeza da costa parecem que estão juntos ao governo federal. Se boicotam e criticam perdem o protagonismo para a ação voluntaria da população e pqnas ONGs… Está difícil 😉 kkkkkkk


    1. LUIZ diz:

      O crime acontece em alto mar, sem saber por quem, isso foi intencional, não veja outra afirmação, os dejetos chegam às praias brasileira, Aí vem essa ONG do meio de não sei de onde, alimentada por europeus, comparecem em Brasília para acusar o governo. Esse tipo de coisa está meio estranho. Vamos aguardar as investigações que corre em segredo de justiça. Afff, esse pais virou terra de ninguém , todo mundo faz o que quer, afronta tudo e a todos, virou uma grande babilônia, ninguém sabe quem está com razão.


  2. Paulo diz:

    Protesto normal.
    Em qualquer País democrático , dito livre para manifestação, estes atos ocorrem. Nem por isso caem governos .
    Faz parte da vida política.


  3. Tomás T. Bustamante diz:

    Crime ambiental, assunto encerrado.