Salada Verde

Por 40 mil reais, ICMBio permite funcionamento de novo bar em Noronha

Bar terá outorga no valor de R$40.288,00 para funcionar no Mirante do Boldró, atrativo popular na APA de Fernando de Noronha

Duda Menegassi ·
16 de dezembro de 2020 · 4 anos atrás
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Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

Nesta quarta-feira (16), o ICMBio publicou um Termo de Permissão de uso do Mirante do Boldró, localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) de Fernando de Noronha, para funcionamento de um bar. A outorga, sem vigência definida, foi dada pelo valor mensal de R$40.288,00 ao Bar do Meio, empreendimento que hoje já opera na Praia do Meio. O Mirante do Boldró é um atrativo famoso na ilha de Noronha, principalmente para assistir ao pôr-do-sol. A estrutura do bar estava abandonada há mais de duas décadas e, no final de outubro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, havia assinado o termo de concessão do imóvel.

De acordo com informações apuradas por ((o))eco, o plano original da equipe gestora de Noronha era revitalizar a construção e transformar o local num centro de convivência para comunidade. O projeto, que já havia sido contratado e discutido com a comunidade e com o Conselho, incluía, ao lado do centro comunitário, um barzinho. Pois bem, de tudo que foi negociado e acertado, apenas o bar ficou.

Uma das fontes ouvidas por ((o))eco aponta que o dono do Bar do Meio, Paulo Roberto Cunico Fatuch, que ganhou a licitação para uso e operação do bar no mirante, teria sido um dos atores que pressionou pela troca de chefia no Núcleo de Gestão Integrada de Noronha, hoje comandado pelo arquiteto João Luiz do Nascimento da Rocha. “Ele nomeou o chefe novo, o chefe novo fez um edital, e ele ganhou”, conta a fonte que preferiu não se identificar. Uma outra fonte, discorda: “processo licitatório gravado, aberto envelope na hora. Impossível privilegiar alguém”, rebate. (Duda Menegassi)

 

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  • Duda Menegassi

    Jornalista ambiental especializada em unidades de conservação, montanhismo e divulgação científica.

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Comentários 7

  1. Karla diz:

    Estava demorando a exploração de bar e restaurantes nas áreas de preservação ambiental de Noronha. Se deixarem já era… vem bar, lixo, flanelinha… Não ao comércio neste local.
    SOS Noronha!


  2. Paulo diz:

    Apa pode tudo. Ambientalmente não serve para o propósito ("proteção"), conforme a escrita.


  3. Werne Ferreira Kolbe diz:

    Em plena pandemia com o turismo paralisado numa área de proteção ambiental combina com esse desgoverno da pólvora 😢 😢 😢


    1. SNUC diz:

      Recomendo ler a Lei do SNUC (Lei 9985/2000), estudar os artigos relacionados às APAs e se convencer de quão inócuas elas são.


  4. jtruda diz:

    Não é esse mesmo boteco que já foi embargado e multado por atividade irregular?…


  5. Pragmático Ambiental diz:

    APA mais atrapalha que ajuda. Deviam revisar o SNUC, enxugando as categorias, eliminando APA, juntando REBIO e ESEC, etc…


  6. Prof. de Jornalismo diz:

    "Notícia" com tom de conversa de vizinha. Caberia uma pesquisa melhor….
    O bar está em APA, que admite propriedade praticular, onde tá essa informação? O edital feriu alguma lei? Os atos praticados pra licitação estavam dentro do procedimento? Os valores são de mercado? O chefe anterior fez lobby por outra utilização com fundamento técnico, o que fala o plano de manejo?