Mais de 30 armadilhas fotográficas foram roubadas desde o início de um programa para monitorar animais silvestres na Serra do Mar, no litoral do Paraná, em 2021. Os crimes podem prejudicar pesquisas, a criação de unidades de conservação e de corredores ecológicos e até o licenciamento ambiental.
Apesar dos delitos, as imagens acumuladas pelas câmeras ganharam uma plataforma com imagens de espécies de médio e grande porte – como queixadas, onças e antas –, feitas em mais de 140 pontos. Além de espécies nativas, também são registrados animais exóticos, como javalis e cães domésticos.
Para evitar que a localização e outros dados sensíveis sobre os animais sejam usados por caçadores ou traficantes de vida selvagem, o acesso à base é restrito a membros e parceiros autorizados do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar (PGMSM).
Criada em 2019 e baseado em mais de 15 anos de experiência em pesquisa de campo e articulação institucional, a iniciativa é financiada pelo Programa Biodiversidade Litoral do Paraná, que investirá R$ 110 milhões ao longo de dez anos. Os recursos são da compensação por um vazamento de óleo, em 2001.
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