Na manhã deste domingo (10), um ataque sangrento resultou na morte de seis guardas-parques do Parque Nacional de Virunga, na República Democrática do Congo. A unidade de conservação é um santuário que protege uma das últimas populações de gorilas-da-montanha na natureza. O ataque ocorreu por volta das 07h30 da manhã, enquanto os guardas faziam uma patrulha a pé, próximo da fronteira do parque.
Os agentes mortos tinham entre 25 e 30 anos. Um sétimo guarda foi baleado, mas sobreviveu ao ataque. “Investigações preliminares indicam que os Rangers [guardas-parques] foram pegos de surpresa e não tiveram oportunidade de se defender, e que os responsáveis pelo ataque são grupos Mai-Mai [grupo de milícia] locais”, dizem as autoridades do parque, em comunicado.
Ver essa foto no Instagram
Ataques sangrentos são comuns no parque, vitimados por milícias em busca de recursos, contrabando e caça. O termo Mai-mai é um guarda-chuva para todo tipo de milícia ativa na República Democrática do Congo (RDC), formada originalmente para defender o território local contra outros grupos armados. Sequestros de turistas e ataques em Virunga já foram atribuídos aos Mai-Mai.
“O Parque Nacional de Virunga lamenta profundamente a trágica perda de vidas dos seus guardas-parques, que trabalham incansavelmente e com dedicação para proteger o Parque e as comunidades vizinhas da tirania dos grupos armados. Seu sacrifício não será esquecido nem em vão”.
Desde a criação do parque, em 1925, 200 guardas-parques já foram assassinados em serviço. (Daniele Bragança)
Leia Também
Doze guarda-parques são mortos em episódio sangrento no Parque Nacional de Virunga
Leia também
Doze guarda-parques são mortos em episódio sangrento no Parque Nacional de Virunga
Parque localizado na República Democrática do Congo está na zona de domínio de milícias e confrontos armados. Desde 2006, mais de 150 guarda-parques foram mortos →
O sonho que tirou o mico-leão-preto da beira da extinção
Programa de Conservação do Mico-Leão-Preto completa 40 anos e celebra resultados de ações de monitoramento, manejo, restauração da Mata Atlântica e engajamento comunitário →
COP16 encerra com avanços políticos e sem financiamento para conservação
Atrasos complicam a proteção urgente da biodiversidade mundial, enquanto entidades apontam influência excessiva do setor privado →
De novo? Achei que fosse uma matéria antiga sendo relembrada 😥😥😥😥
Esses são os grandes heróis dos parques nacionais ao redor do mundo. Força às famílias.
Gratidão aos serviços prestados aos guardas parques.
E agora, o governo federal coloca o exercito nacional atrás destes terroristas. Simples assim.