Servidores do Ministério do Meio Ambiente realizaram na tarde desta segunda-feira (2) um “ato de limpeza e regeneração” no prédio onde funciona o órgão, em Brasília, lavando sua entrada. Depois da limpeza, alguns funcionários ainda jogaram sal grosso na portaria do local.
O ato teve início às 16h desta segunda e foi organizado por diferentes organizações de servidores públicos da área ambiental, como a Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Assemma) e Associação Nacional dos Servidores Ambientais (Ascema Nacional), em conjunto com associações de servidores do Ministério da Cultura, que funciona no mesmo bloco.
Segundo Tânia Maria de Souza, diretora da Ascema Nacional, o ato foi realizado para “lavar o baixo astral, as energias equivocadas, para lavar a alma”, disse, a ((o))eco.
Durante os quatro anos do governo Bolsonaro, em diversas ocasiões as entidades da classe denunciaram casos de censura, assédio moral e político, além de perseguições aos servidores de carreira do Ministério do Meio Ambiente e autarquias, como Funai, Ibama e ICMBio.
Esta não é a primeira vez que a portaria do prédio recebe uma lavagem, ela já foi feita pelos funcionários do Ministério da Cultura em anos anteriores, mas era inédita até então para os servidores do Meio Ambiente.
“A simbologia é realmente de renovar para o recomeço no Meio Ambiente, na Cultura e na Funai”, explicou Tânia.
Durante o ato, funcionários também cantaram o hit de Juliano Maderada e Thiago Doidão “Tá na hora do Jair já ir Embora”, que chegou a figurar em primeiro lugar no Spotify Brasil.
Amanhã, terça-feira (3), está previsto um “café regenerativo” a partir das 9h, no mesmo local.
As novas ministras do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e Cultura, Margareth Menezes (sem partido), tomaram posse no domingo (1º).
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