A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, não abordou temas relacionados às questões ambientais durante os 40 minutos em que foi entrevistada pelos âncoras do Jornal Nacional, na noite da última sexta-feira (26). O tema também foi ignorado nas perguntas feitas pelos jornalistas Renata Vasconcellos e William Bonner. Ao contrário do que ocorreu com os outros três candidatos – Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT) –, que concederam ao tema cerca de sete minutos de suas entrevistas.
Na Sabatina do Jornal Nacional, o único momento em que Simone Tebet fez referência à Amazônia foi quando tratou sobre políticas de segurança pública, em especial as voltadas para as regiões de fronteira. A candidata abordou o tema quando questionada sobre o fato de Mato Grosso do Sul ter registrado altos índices de violência enquanto foi vice-governadora do estado (2011-14).
A lacuna não permite ao eleitor entender o que a candidata pensa sobre meio ambiente, porém, Tebet tem falado do assunto em entrevistas e pronunciamentos. Em junho, declarou que era a favor do desmatamento ilegal zero. No seu plano de governo, defendeu “passar um ‘pente fino’ em todas as medidas tomadas pelo atual governo que resultaram em incentivo ao desmatamento e à devastação”.
“É preciso acabar com a falsa dicotomia que opõe meio ambiente e desenvolvimento. Em sua imensa maioria, o setor produtivo brasileiro – e o agro em particular – já produz com sustentabilidade e responsabilidade. No entanto, em contrapartida, os que destroem, devastam e desmatam ilegalmente serão tratados com total rigor e tolerância zero pelo nosso governo”, escreveu no documento.
A guinada na área ambiental de Tebet é relativamente recente. Senadora pelo estado do Mato Grosso do Sul, Tebet é conhecida por apresentar projetos na área de direitos das mulheres, idosos e em relatar projetos na área de tributação, mas não pela atuação na área ambiental. Desde 2015, quando assumiu o cargo de senadora, ela apresentou apenas um projeto na área socioambiental, o Projeto de Lei do Senado nº 494, que suspende atos ou processos destinados ao estudo de identificação de terras indígenas no caso de turbação, esbulho ou ocupação de imóveis privados por indígenas. O projeto foi arquivado a pedido da autora, em julho de 2018.
Guinada ambiental
Mesmo sem citar isso em seus discursos e entrevistas, há três anos a senadora passou a ter uma atuação mais proativa sobre temas ambientais, sobretudo referentes ao que impacta Mato Grosso do Sul. Em sessões plenárias ela registrou a situação dos incêndios florestais no seu estado, e preocupação com a perda da superfície de água doce no País, com destaque para o Pantanal. Tebet chegou a fazer um apelo ao então líder do governo, o senador Fernando Bezerra Coelho, para que se inicie uma campanha publicitária em massa pela racionalidade do uso da água e de que sejam levadas à COP 26 políticas públicas voltadas à proteção da água.
Embora não tenha considerado em seu pronunciamento que, segundo a Agência Nacional de Águas, (ANA), o agronegócio é responsável pelo uso de 70% do recurso.
“… aqui, para finalizar, Sr. Presidente, não é uma disputa do agronegócio com o meio ambiente; eles convivem perfeitamente bem. O agronegócio não é o vilão do meio ambiente, ao contrário. O agronegócio precisa do meio ambiente sustentado, sustentável, precisa de água para irrigar sua lavoura, precisa dos animais, das florestas. Então, não há um discurso… Não é incompatível no discurso e muito menos incompatível na prática”.
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De fato, o acumulo de animais domésticos – gatos e cachorros – tirados do abandono das ruas e dos maus tratos, não se apresenta como situação saudável nem para quem os resgata e nem para os próprios. Contudo, tal situação ocorre hoje no mundo pela negligencia e pelo egoísmo do ser humano, posto que la atrás os domesticou – eles viviam muito bem sem nos, obrigado – e agora os abandona e maltrata. Ou seja, não fosse nossa insuportável necessidade de aprisionar e escravizar outros seres vivos, eles ainda viveriam em ambientes silvestres longe de nos, e garanto proporcionariam maior evolução as suas espécies. Seu texto e ignóbil quando faz comparações esdruxulas sobre recursos destinados a pets enquanto humanos passam fome, ora, os humanos tem – ou deveriam ter – o discernimento de não procriarem se não tiverem recursos para suprir sua prole, as pessoas devem ter apenas os filhos que puderem criar, e não jogar a responsabilidade sobre outras pessoas ou sobre o Estado, caso do Brasil. Já a responsabilidade sobre fatores coletivos sim, deve ser compartilhada sobre os ombros de todos, inclusive dos seus, incluindo o meio ambiente e gatos e cachorros, domesticados pelos nossos ancestrais.