Uma senhora de 72 anos de idade foi surpreendida ao encontrar uma sucuri-amarela (Eunectes notaeus) no quintal de casa no Pantanal sul-mato-grossense. O episódio foi registrado nesta quinta-feira (26), no município de Miranda (MS).
Quando ligou para a Polícia Militar Ambiental (PMA), por volta de 9h da manhã, a idosa ainda não sabia que se tratava de uma sucuri-amarela, e descreveu a serpente apenas como sendo de “grande porte”. Na casa da moradora, que fica no centro de Miranda (MS), os policiais confirmaram que se tratava de uma Eunectes notaeus. Com aproximadamente três metros, a sucuri foi encontrada dentro de um galinheiro.
Conforme a PMA, a sucuri foi capturada com um cambão especial e colocada dentro de uma caixa de contenção. “A serpente estava sadia e foi solta em uma área de manancial e vegetação distante da cidade”, diz trecho de nota da instituição policial.
Durante a soltura, a serpente ainda regurgitou uma galinha que tinha sido predada na casa da moradora. O comportamento, possivelmente, pode estar relacionado ao estresse ocasionado pela captura.
“Essa sucuri é muito comum na região de Miranda”, conta a ((o))eco a bióloga e médica veterinária Paula Helena Santa Rita, coordenadora do biotério da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), que integra o Grupo de Resgate Técnico Animal do Pantanal do Mato Grosso do Sul (Gretap/MS).
O fato do episódio ter sido registrado em um município que integra o Pantanal, diz ela, pode influenciar a ocorrência do avistamento. Mas a perda de habitat e a diminuição da oferta alimentar também podem provocar o aumento desse tipo de episódio.
“Para serpentes, dois fatores ‘naturais’ fazem aumentar o avistamento: procura por alimento ou reprodução. Só que a perda de habitat intensifica a movimentação desses animais”, acrescenta.
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