Pesquisas de cientistas ligados à Universidade Federal do Pará (UFPA) compõem um dos maiores bancos de dados da América Latina sobre peixes amazônicos. Na última década, 21 novas espécies foram registradas no Rio Xingu, sendo 16 delas exclusivas do manancial.
As descobertas, publicadas em revistas como Neotropical Ichthyology, da Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI), e Nature, podem ajudar no desenho e na melhoria de estratégias e ações de conservação da biodiversidade na floresta equatorial.
A maioria dos novos peixes listados pela Federal do Pará é de espécies tidas como ornamentais. Por isso, animais da região são traficados para aquários de várias partes do mundo, inclusive pela região de Tabatinga (AM), na fronteira entre Brasil e Colômbia.
O comércio ilegal e obras do porte da usina de Belo Monte podem levar à extinção de peixes como o acari-zebra-marrom, restrito a pontos da chamada Volta Grande do Xingu, em Altamira (PA). Sua captura é vetada por uma portaria federal, desde o fim de 2021.
Com informações do jornal paraense O Liberal.
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