50 dias, 20 mil pessoas, 2012, 2oC, 25% a 40%, US$ 100 bilhões – Os números de Copenhague

Copenhague, Copenhague, Copenhague. Daqui a 50 dias, mais precisamente a partir do dia 7 de dezembro, poucas palavras serão repetidas com tanta frequência quanto o nome da pacata capital da Dinamarca. Para lá, voará uma verdadeira horda de diplomatas, ambientalistas, jornalistas e autoridades. Serão 20 mil pessoas ali. Os quartos de hotel já estão esgotados em todos os 98 municípios da antiga terra dos Vikings. Agora, quem está programando a ida a 15a Conferência da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 15 para os íntimos, está marcando hotéis na cidade de Malmo, na Suécia, onde um trem cruzará a ponte sobre o Mar do Norte, todos os dias, em uma jornada de 50 minutos. Todo este frenezi servirá para discutir o desafio que representa o aquecimento global. E em torno deste debate existe uma grande expectativa: a esperança que um novo acordo político transformará o planeta em algo diferente, o mundo da economia do baixo carbono, assim se diz. Para tanto, eis aqui a discussão ao redor de números. Os números são metas, prazos, limites. E são eles que causam tanta discórdia. Entenda porque: Os limites 2009 – Esta é data limite que foi acordada entre as delegações membro da Convenção do Clima da ONU para que um novo acordo climático seja fechado. 2012 – Neste período expiram as obrigações do Protocolo de Kyoto, que foi criado em 1997. A reunião de Copenhague busca definir o acordo pós-2012. 2015 – Esta é a data limite apresentada pelo IPCC para que as emissões globais atinjam um pico. Isso significa que a partir daí as economias deveriam passar a reduzir drasticamente seus níveis de poluição. 2020 – De nada vai adiantar o novo acordo climático se não houver metas de médio prazo. E isso significa incluir cortes radicais de emissão já para o fim da próxima década. Os impactos 2oC – Esta é a temperatura que as negociações estão considerando como o limite para evitar transformações catastróficas no planeta 450 ppm ou 350 ppm - As negociações trabalham para construir um futuro em que a concentração de gás carbônico na atmosfera fica estabilizada em 450 ppm. Muitos pesquisadores, no entanto, afirmam que isto é um risco, e que a meta deveria ser baixar as concentrações para 350 ppm. Atualmente estamos em 384 ppm. 59 cm ou 110 cm - O IPCC utiliza como projeção de aumento do nível do mar a taxa entre 18cm a 59cm até 2100. Mas há cientistas muito mais pessimistas, como alguns reunidos em uma comissão do governo holandês , que sustentam que já no final do século teremos uma elevação de 55cm a 110 cm. 2016 e 2080 - Bastante controversos, os modelos do departamento de meteorologia do Reino Unido, Hadley Center, possuem as previsões mais sombrias para o futuro de ecossistemas em uma planeta mais quente. No atual ritmo de emissões, o Mar Ártico deixaria de congelar durante os verões ja em 2016. Já a Amazônia, com um aumento de temperatura de até 4oC tornaria-se um completo Cerrado em 2080.  As metas 20% em 2020 - A única meta concreta colocada na mesa até agora é a da União Européia. 25% a 40% - Os cientistas do IPCC e o próprio acordo de Bali, da Convenção da ONU, sustentam que uma meta global de 25% a 40% seria a única forma de inverter a curva de emissões de gases de efeito estufa. 0 em 2030 - Isso é o que propõem os europeus para o desmatamento de florestas tropicais. US$ 100 bilhões - A quantia de dinheiro proposta pelo primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown para ser paga a cada ano às nações pobres que precisam se adaptar às mudanças climáticas  

Por Gustavo Faleiros
18 de outubro de 2009

Acordo!!!

Estados Unidos cedem a países em desenvolvimento e a Conferência de Mudanças Climáticas chega a um acordo. Mecanismo de combate ao desmatamento entrará na segunda fase de Quioto.

Por Gustavo Faleiros
15 de dezembro de 2007

Florestas no “roadmap”

Embora não tenha definido como será o mecanismo global de combate às emissões do desmatamento, Conferência do Clima colocou o tema na agenda da segunda fase de Quioto.

Por Gustavo Faleiros
15 de dezembro de 2007

As esperanças de Dr. Pachauri

Rajandra Pachauri, presidente do IPCC, diz que insistir em metas de redução de emissões na conferência do clima não é essencial. Para ele, é melhor continuar as negociações.

Por Gustavo Faleiros
14 de dezembro de 2007

Chamadas internacionais

O negócio complicou neste último dia da 13ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Diversos grupos ministeriais estão...

Por Gustavo Faleiros
14 de dezembro de 2007

O plano Al Gore

Com negociação da Conferência do Clima na reta final, EUA e União Európeia não se entendem sobre meta de redução de emissões. Mas Al Gore acha que há solução para o impasse.

Por Redação ((o))eco
13 de dezembro de 2007

O estado das negociações.

Nesta quinta-feira, a pouco mais de 24 horas do final da Conferência do Clima, as posições dos países começaram a ficar mais claras. A briga aqui...

Por Gustavo Faleiros
13 de dezembro de 2007

Por que nós?

E por falar nos Estados Unidos, foi com enorme surpresa que o grupo de 10 jornalistas brasileiros que estão cobrindo a Conferência do Clima em...

Por Gustavo Faleiros
13 de dezembro de 2007

Mato Grosso carbono zero

Marina Silva diz que Brasil terá metas de redução do desmatamento. E governador Blairo Maggi vai à Conferência do Clima para anunciar que Mato Grosso será carbono zero.

Por Gustavo Faleiros
12 de dezembro de 2007

Enfim metas!

O governo brasileiro lançou nesta quarta o seu Fundo para a Proteção e Conservação da Amazônia com um discurso de Marina Silva que enfim falou...

Por Gustavo Faleiros
12 de dezembro de 2007