A vida na Baía de Guanabara resiste. Poluída principalmente por esgoto e resíduo industrial não tratado, as águas turvas que abraçam o Rio de Janeiro não é apenas lixo e água suja: há muita fauna marinha escondida na baía oceânica.
Ao longo dos últimos 21 anos, os pesquisadores do Laboratório de Hidrobiologia da UFRJ olharam com atenção para a qualidade das águas deste ecossistema. Conversamos na última quarta-feira (18) com o coordenador do laboratório, o professor Rodolfo Paranhos, que explica porque a Baía de Guanabara merece ser despoluída.
Doutor em Ciências Biológicas pela UFRJ, Paranhos é professor associado da UFRJ e pesquisador bolsista do CNPq. Atua na área de Ciências Ambientais e Oceanografia Química e Microbiológica.
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Parabens Rodolfo e parabens a toda a sua equipe! Trabalho precioso e que não pode parar. A gestão publica precisa entender, se é que não entende, que é necessário investir em Educação e Saneamento Básico. A Baía de Guanabara é um patrimônio de todos e sua situação é uma vergonha, mas mesmo assim a vida sempre surpreende e mostra seu valor.
Grande abraço a todos!
Parabéns, Rodolfo, pela garra e determinação esses anos todos. Quando a gente pensa em quanto a cidade ganhou só em royalties durante anos, se uma parte desse dinheiro tivesse sido investida, seriamente, em tratamento de esgoto, a situação da baía seria outra. Em vez disso, é "desviada". Como vc disse, a baía é um lugar belíssimo. Todos torcemos pela sua recuperação. O problema talvez nem seja o dinheiro, é a falta de vontade e de noção da classe política.