Newsletter Política Ambiental | Notícias da Semana #28
16 de abril de 2023
Decisões políticas tomadas nos 100 primeiros dias do governo de Luiz Inácio Lula da Silva sinalizam a determinação do novo presidente na reconstrução da agenda ambiental brasileira, após um processo de desmonte de políticas públicas agravado durante a gestão de Jair Bolsonaro. Obstáculos a agenda se impuseram — e se impõem — na forma de um Congresso ainda dominado por opositores, onde as pautas anti-ambientais despontam, e das suas próprias contradições, como as prioridades dadas a controversas obras de infraestrutura. Entusiasmo e reflexão crítica dão a tônica na análise de especialistas ouvidos por Elizabeth Oliveira sobre o período.
“O custo da ação vai ser bem menor do que o custo da inação, quando o planeta todo estiver sofrendo com esses impactos do clima e com um aquecimento maior”, disse a pesquisadora Thelma Krug em recente entrevista. Cristiane Prizibisczki agora revela que graças à uma vasta experiência nos temas de mudanças climáticas, que a levou a pesquisadora à co-presidência da Força Tarefa sobre Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa e a ocupar uma das três vice-presidências do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU (IPCC), Thelma Krug foi apresentada pelo governo brasileiro como candidata para presidência do órgão.
Cristiane Prizibisczki também mostra como a Assembleia Legislativa de Rondônia, dominada por defensores do agronegócio, aprovou nesta semana a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para “investigar a criação de unidades de conservação em Rondônia". De acordo com os parlamentares, 11 unidades teriam sido estabelecidas irregularmente. Para a organização ambientalista Ação Ecológica Guaporé (Ecoporé), este é mais um ataque contra a proteção da floresta: a comissão será presidida pelo deputado Alex Redano (Republicanos), publicamente contrário à criação de áreas protegidas no estado e defensor de agropecuaristas.
Boa leitura.
Redação ((o))eco