A pressão da siderurgia sobre o Pantanal sul-matogrossense parecem não ter fim. Durante fiscalizações do Ibama no Estado para identificação da origem do carvão vegetal usado nos fornos do Complexo Siderúrgico do MS, o órgão identificou que grandes empresas estão se beneficiando até do trabalho de assentamentos instalados na borda do Pantanal. Segundo técnicos do Ibama em Campo Grande, o desmatamento nestas áreas ocorre de duas formas: por meio do aluguel do lote para instalação de carvoarias ou com o corte feito pelos próprios carvoeiros. O aluguel mensal do lote é de cerca de 500 reais. O metro cúbico de carvão na região não sai por menos de 100 reais. Valores tentadores para uma população instalada em área sem vocação agrícola.
Leia também
Eletrobras contraria plano energético e retoma projetos para erguer megausinas no Tapajós
Há oito anos, as usinas do Tapajós estão fora do Plano Decenal de Energia, devido à sua inviabilidade ambiental. Efeitos danosos são inquestionáveis, diz especialista →
Obra para desafogar trânsito em Belém na COP30 vai rasgar parque municipal
Com 44 hectares, o Parque Ecológico Gunnar Vingren será cortado ao meio para obras de mobilidade. Poderes estadual e municipal não entram em acordo sobre projeto →
Governo do RJ recebe documento com recomendações para enfrentamento ao lixo no mar
Redigido pela Rede Oceano Limpo, o documento foi entregue durante cerimônia no RJ. O plano contém diretrizes para prevenir, monitorar e conter o despejo de lixo nos oceanos. →