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Programa de Formação em Ecologia Quantitativa está com inscrições abertas

O treinamento une conhecimentos de ecologia e matemática. Estudantes de graduação e mestrado podem se inscrever. As inscrições vão até às 17h do dia 12 de setembro

Júlia Mendes ·
19 de agosto de 2024
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Trinta estudantes de graduação ou mestrado serão selecionados para um treinamento no uso de ferramentas quantitativas na ecologia. Realizado pelo Instituto Serrapilheira, a 5ª edição do Programa de Formação em Ecologia Quantitativa está com inscrições abertas até às 17h do dia 12 de setembro.  O programa é dividido em duas etapas, envolvendo aulas, atividades e viagens de campo.  

Podem se inscrever alunos de qualquer área que estejam na graduação ou mestrado, ou que tenham concluído o mestrado e estejam na etapa prévia ao doutorado, e que tenham interesse em desenvolver pesquisas com abordagem interdisciplinar em ecologia. Como consta no edital, um dos requisitos para a inscrição é o conhecimento e capacidade de se comunicar em inglês, já que a etapa de seleção e as aulas do programa serão no idioma. Além disso, o candidato também deve ter familiaridade com matemática básica e noções de cálculo,  que serão usadas durante as aulas. Embora não seja um requisito, também é desejável que já tenha tido contato com alguma linguagem de programação, como R ou Python, por exemplo.

“O Programa de Formação em Ecologia Quantitativa é parte de um movimento do Serrapilheira, intensificado nos últimos anos, para ajudar a desenvolver a ecologia tropical como eixo estratégico para o país, que tem a maior biodiversidade do mundo. Queremos aproveitar o potencial do Brasil de liderança no combate à crise climática e à devastação de biomas e contribuir para tornar o país um polo global de cientistas da área”, destacou Hugo Aguilaniu, diretor-presidente do Instituto Serrapilheira.

Primeira etapa: curso teórico de verão

A primeira etapa consiste em um treinamento intensivo em ferramentas quantitativas usadas na ecologia teórica. Nessa fase, que ocorrerá entre janeiro e fevereiro de 2025 no Rio de Janeiro, o aluno terá aulas sobre temas como modelagem matemática, estatística e simulações computacionais, e desenvolverá um projeto em grupo. A ideia é trabalhar de forma interdisciplinar para responder a uma pergunta da ecologia usando modelos matemáticos.

Os aprovados receberão um apoio de R$ 3 mil para cobrir custos com alimentação e transporte durante esta primeira fase do curso. O programa também irá financiar as passagens de ida e volta para o Rio de Janeiro a alunos de outras cidades do Brasil, assim como a hospedagem durante o período de formação.

Além das aulas, o treinamento prevê uma “imersão científica” nas duas últimas semanas na região serrana do Rio, com seminários, workshops e palestras com cientistas que são referência na área. A lista de professores está disponível no edital.

Segunda etapa: curso de campo de inverno

A segunda etapa será um curso de campo em dois biomas brasileiros. Serão 16 estudantes selecionados, entre 30 participantes da primeira fase, para trabalhar em projetos em grupo que unam modelos matemáticos, computacionais ou estatísticos ao trabalho de coleta de dados, observações ou experimentos. Nas últimas duas edições, o curso de campo aconteceu na Mata Atlântica, no Parque Estadual do Itinguçu, em Peruíbe/SP, e depois na Floresta Amazônica, na Área de Relevante Interesse Ecológico do Km 41, próxima a Manaus/AM.

O edital está disponível no link

  • Júlia Mendes

    Estudante de jornalismo da UFRJ, apaixonada pela área ambiental e tudo o que a envolve

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