A menos de dois meses da COP 30, em Belém, no Pará, a 4ª Virada Cultural Amazônia de Pé mobiliza ações em todo país para pressionar o governo pela proteção de florestas públicas não destinadas na Amazônia. Com o lema “50 dias para a COP, 50 milhões de hectares a serem protegidos”, o evento será nos dias 19, 20 e 21 de setembro e irá reunir artistas, ativistas e a sociedade civil organizada. A campanha também enviará ofícios aos governadores dos nove estados da Amazônia Legal com pedidos de audiência para apresentação de uma proposta de enfrentamento da crise climática e de gestão das florestas públicas não destinadas.
“A proteção das Florestas Públicas Não Destinadas neste ano de COP30, garante a Amazônia de pé e é fundamental para o cumprimento das metas do Brasil no combate à crise climática. As florestas públicas sob os cuidados de indígenas e quilombolas e como unidades de conservação são parte da solução para o presente e para o futuro do planeta”, diz a coordenadora de incidência da Amazônia de Pé, Kaianaku Kamaiurá.
Estão previstas centenas de ações em quase todos os estados do Brasil. A programação inclui cineclubes, oficinas, rodas de conversa, mostras artísticas, música, teatro e ações de ativismo. Apenas em Belém há mais de 60 ações programadas, parte delas coordenadas por indígenas. O mapa das ações pode ser consultado online.
“A Virada Cultural Amazônia de Pé é um evento fundamental para ampliar os debates sobre as urgências climáticas e aproximar o público do território. A realização desse evento na cidade sede da COP30 é crucial para destacar a importância da proteção da Amazônia e seu papel no equilíbrio do clima no Brasil”, afirma a gestora de projetos do coletivo paraense CHIBÉ, Andressa D’Agelis.
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