Depois que seus planos para lotear a fronteira gaúcha com eucaliptos foram embolados por restrições judiciais e ambientais, a Stora Enso fez seu time cruzar a fronteira em direção ao Uruguai. Lá nem tudo caminhou como a empresa esperava, já que o presidente eleito José Mujica vetou a primeira região onde ela pretendia ampliar suas monoculturas e fábricas para produção de celulose e papel. A alternativa foi levar o projeto para Conchillas, no Departamento de Colônia.
Conforme noticiou o jornal Valor Econômico, a empreitada ocorre em parceria com a chilena Arauco e prevê até 2 bilhões de dólares em investimentos em uma planta apta a produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, gerando mil empregos diretos e mais dois mil indiretos.
O Uruguai já tem pelo menos 500 mil hectares plantados com essas árvores exóticas, ou cerca de 3% de seu território. Pode parecer pouco, mas estudos sobre impactos da atividade no país publicados pelo pesquisador Carlos Perez Arrarte, do Centro Interdisciplinario de Estudios sobre el Desarrollo, mostram profundas modificações no regime das águas quando eucaliptos são plantados em pastagens naturais, como o Pampa. Veja aqui (PDF/3,6 Mb).
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