
Como mostrado no ano passado pelo ((o))eco, Brasília sofre um problema grave relacionado aos seus prédios espelhados e suntuosos que crescem no centro urbano da Capital. As grandes construções criam reflexos ilusórios de continuidade da arborização ou do céu.
Muitas espécies de aves colidem com as edificações por não conseguirem distinguir realidade de reflexo. E, devido a longa vida de construções como essas, o impacto que já é grande, será monstruoso a longo prazo. Moradores de Brasília já percebem o efeito negativo de construções feitas com vidros espelhados em zonas nobres da cidade, como na quadra 105 Sul.
Fotos de diversas aves mortas no pavimento do edifício chegaram até nós por email da leitora Luciana Heringer, moradora da 105 Sul . Ela conta que, junto com seus vizinhos, esta tentando descobrir quem são os proprietários do prédio. O monstrinho foi construído há cerca de um ano e ainda não tem inquilinos.

Agora, falta às autoridades públicas reconhecer o tamanho do problema e definir normas para se evitar a construção de prédios com vidros espelhados perto de áreas naturais e centro urbanos, evitando assim prejuízos à fauna silvestre e urbana, pois impacto atinge ambas.

Leia também

Situação da biodiversidade no RS após enchentes será conhecida em até 3 anos
Serão avaliadas áreas federais e estaduais. A manutenção da vegetação nativa conteve estragos em unidades de conservação →

Entre a floresta e a violência: o custo de ser mulher e defensora ambiental
É essencial que as políticas de proteção incorporem uma abordagem interseccional e de gênero. Isso exige a criação de programas de proteção específicos para mulheres defensoras →

APA Baleia Franca sob ataque: sociedade protesta contra tentativa de redução
Abaixo-assinado sai em defesa da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, em Santa Catarina, alvo de projetos de lei que tentam reduzir e até mesmo extinguir a APA →