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Entre 1990 e 2008, São Paulo aumentou em 63% suas emissões de gás carbônico. Em 2005, ano tomado como referência para metas de redução, o setor energético foi responsável por 57% destas emissões – mais da metade, 55,3%, vindas de transportes altamente dependentes de combustíveis fósseis.
Os dados estão no Inventário de Emissões, publicação que faz parte da Política Estadual de Mudanças Climáticas de São Paulo, instituída por lei em 2009. O estudo mostra que as emissões, graças à queima de combustíveis fósseis, cresceram 39% entre 1990-2008, ou uma média anual de quase 2%. Em 2008, a frota de 13 milhões de veículos produziu 14,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono, superando a antiga emissora histórica, a indústria, que atingiu 13,4 milhões de toneladas no período.
E como seria esta mesma São Paulo daqui a vinte anos? Segundo o estudo Matriz Energética, a frota de carros deverá crescer – serão 17 milhões de automóveis, fazendo com que os transportes sigam abocanhando uma parcela considerável da demanda energética da cidade. O relatório, elaborado pela Secretaria de Energia do Estado, leva em conta um crescimento do PIB da cidade de 3,5% ao ano.
Nesta perspectiva de desenvolvimento econômico, quem aparece em primeiro lugar nos indicadores é a indústria, com um consumo de energia previsto de 48% em 2035. Transporte vem logo em seguida – responsável por 36% da demanda em 2035, especialmente de diesel e gás natural. O etanol também entra nesta disputa, e passará, pelas previsões, de 4% para 7%.
O relatório alerta ainda que, com a projeção de triplicar anualmente seu PIB, São Paulo exigirá uma média de 1,8% a mais de energia por ano até 2035. Apesar do crescimento da demanda, a oferta de energia prevista pelo estudo não passa de 1,3% por ano, o que significa que o estado poderá ter que importar sua energia.
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