A criação do Fundo Verde Clima
Durante a 16ª Conferência das Partes (COP-16) sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (UNFCCC, sigla em inglês), que ocorreu em dezembro de 2010 em Cancún/México, 194 nações concordaram em criar o novo fundo para arrecadar dos países desenvolvidos até 100 bilhões de dólares ao ano a partir de 2020. Esse dinheiro seria utilizado pelos países em desenvolvimento para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. |
No formato atual, o controle do Fundo ficaria a cargo dos países doadores, com regras muito próximos às burocracias do Banco Mundial, fazendo com que os beneficiários tenham que acessar uma terceira parte para pedir a verba. Os líderes de Bangladesh e Zambia, que representam o grupo dos 48 países africanos e asiáticos menos desenvolvidos (Least Developed Countries – LDC, em inglês), alertam que há necessidade de facilitar esse acesso das nações ao dinheiro do Fundo. Conforme Pa Ousman Jarju, presidente do LDC nos encontros de mudanças climáticas da ONU, “se não houver a liberação do acesso direto, os países ficarão restritos aos longos prazos burocráticos e não terão liberdade para decidir como e quando aplicar o dinheiro”.
Em dezembro deste ano, na 17ª Conferência das Partes (COP-17), em Durban/África do Sul, está prevista a finalização do texto do Fundo, após seis meses de negociações. No entanto, sem um acordo ter sido fechado na última reunião realizada esta semana, diminui-se as chances de o Fundo ser efetivado ainda em 2011.
Leia também
Número de portos no Tapajós dobrou em 10 anos sob suspeitas de irregularidades no licenciamento
Estudo realizado pela organização Terra de Direitos revela que, dos 27 portos em operação no Tapajós, apenas cinco possuem a documentação completa do processo de licenciamento ambiental. →
Protocolo estabelece compromissos para criação de gado no Cerrado
Iniciativa já conta com adesão dos três maiores frigoríficos no Brasil, além de gigantes do varejo como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour Brasil e McDonalds →
Com quase 50 dias de atraso, Comissão de Meio Ambiente da Câmara volta a funcionar
Colegiado será presidido pelo deputado Rafael Prudente (MDB-DF), escolhido após longa indefinição do MDB; Comissão de Desenvolvimento Urbano também elege presidente →