O oceanógrafo Cláudio Bellini coordena o Projeto TAMAR no Parque Nacional de Fernando de Noronha e usa a fotografia como ferramenta de identificação e de classificação das tartarugas marinhas. Antes da era digital, ele sofria para revelar as fotos numa ilha a 500km do continente. Quem trabalhou com o filme considerado até há pouco como o melhor de todos os tempos, o diapositivo Kodachrome, lembra bem da aflição da espera do seu retorno do laboratório. A revelação mais próxima era no Panamá e demorava cerca de 30 dias para se receber o resultado. Até recentemente, era assim também com qualquer marca de filme em Fernando de Noronha. Ele era despachado para o continente, onde era processado e voltava à ilha pelas mãos de um portador.
Hoje não mais. O sistema digital passou a dominar o mercado em locais onde não há processamento de slides e resolveu o problema mais crucial de todos: o de checar e garantir o resultado daquilo que é retratado in loco. Com a adoção do sistema de filmadoras e de câmeras digitais, Claudio ampliou a capacidade de armazenagem de seus computadores e eliminou de sua rotina a espera angustiante no aeroporto de Noronha por filmes revelados.
O sistema digital também facilitou a organização de arquivos e agilizou a disponibilidade na rede das imagens que divulgam projetos do TAMAR e ajudam a Fundação Pró TAMAR a captar recursos para as diversas atividades realizadas pelo Brasil. Agora, Claudio pode, na protegida baía do Sueste, em menos de uma hora, escolher os seus quelônios, fotografá-los contra fundos, tons de água, profundidades e comportamentos diversos, descarregar e selecionar imagens no computador e oferecê-las ao resto do mundo. Para O Eco, Claudio selecionou alguns trunfos e nos enviou imagens de suas longevas tartarugas e afins.
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