Desde que o luthier francês François Tourte projetou o primeiro arco de violino com madeira de pau-brasil (Caesalpinia echinata), em 1775, os músicos não quiseram saber de outra coisa. De forma gradual, mas definitiva, a espécie que deu nome ao país virou a menina dos olhos dos produtores de arcos para violas, violoncelos e afins. Mas com a proibição do corte pelo Ibama, em 1987, e os estoques limitados para a produção das peças, os chamados archetários começaram a se mobilizar para não perder seu ganha pão. E são eles os principais agentes que hoje lutam para que a árvore não desapareça do mapa.
Usada exaustivamente pelas indústrias de tinturaria e construção desde que as caravelas de Pedro Álvares Cabral aportaram por aqui, a árvore que já cobriu todo nosso litoral ainda não foi extinta, apesar de muitos pensarem o contrário. Sua situação, porém, está longe de ser cômoda. Os exemplares que restaram pingam aqui e ali, principalmente no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia.
Leia também
Entrando no Clima #24 – Eleições e a pauta ambiental
((o))eco entrevista Rodrigo Corradi, do ICLEI, sobre a importância das políticas municipais na proteção ambiental. Custos de participação na COP29 podem ser entrave para sul global →
Stephan Harding e seu legado mais que planetário
Harding nos deixou essa semana, mas não sem antes cumprir seu legado de tocar o coração de milhares de alunos de todas as partes do mundo com sua forma de ensinar sobre a vida de nosso planeta →
Capacitação insere açaí do Marajó em novos mercados da bioeconomia
São mudanças simples, mas com impactos enormes, pois permitem que as famílias que vivem da cultura do açaí melhorem sua renda ao mesmo tempo em que cuidam da floresta →