Estudo divulgado no final da última semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que os custo de não reciclar resíduos sólidos vão além do ambiental. Segundo o documento, o país perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar todo o resíduo que poderia ter outro fim, mas que é encaminhado aos aterros e lixões nas cidades.
O trabalho, intitulado Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos, além de trazer a estimativa dos benefícios econômicos e ambientais da reciclagem, também propõe instrumentos para incentivar a prática, como pagamento por produtividade e crédito cooperativo para aumentar a organização e formalização das cooperativas.
Na mesma data em que o estudo foi publicado, na última sexta-feira, o Ministério do Meio Ambiente instituiu um grupo de trabalho entre o Ipea e ministérios para avançar na reestruturação do primeiro Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos associado à coleta de lixo e ao cooperativismo dos catadores. O grupo tem o prazo de 45 dias para definir como será operacionalizado o programa, propor fontes de recursos e formas de repasse.
Segundo dados do MMA, apenas 12% dos resíduos sólidos urbanos e industrias são reciclados e somente 14% da população brasileira são atendidas pela coleta seletiva. Já levantamento do IBGE mostra que a situação é ainda pior: apenas 8% das cidades brasileiras possuem algum tipo de coleta seletiva e somente 2% do lixo produzido no país são de fato reciclados. (Cristiane Prizibisczki)
– Leia o relatório completo do estudo do Ipea aqui.
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