Lá, enfim, tomamos cerveja, de garrafa. Ao final, pedi água, antes do café. Seu Lacerda perguntou: “água da bica mesmo ou da geladeira?” “A água da geladeira sai de onde, mesmo?”, devolvi. “Da bica, mesmo”. A propriedade de seu Lacerda estava suficientemente no alto, para ele ainda poder oferecer aquela água pura e cristalina da serra, que saía fresca de sua bica, melhor do que qualquer água mineral de garrafa. Cada vez que ouve uma expressão de deleite, quando oferece aquela água mineral naturalíssima, Seu Lacerda fica mais perto da cidadania plena e vai se tornando, cada vez mais, um defensor da mata, da qual sai aquela água, que o ajuda a vender melhor a comida que sua mulher faz, enquanto ele continua a vender sua cachaça para os locais, no balcão de seu botequim, só que agora, mais bem vestido, mais abonado e mais satisfeito do que no passado. (Veja mais no pdf abaixo)
Leia também
Em duas décadas, vegetação nativa perdida no Brasil tem quatro vezes a extensão de Portugal
Entre 2004 e 2023 foram convertidos 40,5 milhões de hectares de florestas para atividades produtivas, principalmente agropecuária, nos biomas brasileiros →
Desafios e futuro da preservação ambiental marcam 1º dia do Seminário de Jornalismo Ambiental ((o))eco
Evento marcou o início da comemoração de 20 anos de ((o))eco, com mesas de conversa, entrevistas, mostra de cinema e lançamento da Bolsa Reportagem Vandré Fonseca de Jornalismo Ambiental →
De olho nas formigas: ICMBio convida sociedade a ajudar na coleta de dados sobre espécies
Órgão ambiental abre consulta pública para avaliar risco de extinção de formigas, pessoas podem enviar contribuições como registros e fotos até o dia 8 de setembro →