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Polícias do PA e AM prendem acusados de tráfico internacional de peixes ornamentais

Arrais e outras espécies eram capturadas na Bacia do Tapajós (PA) e passavam por Manaus, antes de serem enviadas para o exterior

Vandré Fonseca ·
23 de maio de 2017 · 8 anos atrás
Bagres e arraias foram apreendidas em Manaus (AM) e interior do Pará. Na capital do Amazonas, cinco pessoas foram presas durante a Operação Poseidon. Crédito: Dema, Polícia Civil Amazonas.
Bagres e arraias foram apreendidas em Manaus (AM) e interior do Pará. Na capital do Amazonas, cinco pessoas foram presas durante a Operação Poseidon. Crédito: Dema, Polícia Civil Amazonas.

Manaus, AM — Pelo menos onze pessoas foram presas no Amazonas e no Pará, nesta terça-feira (23), acusadas de envolvimento com o tráfico internacional de animais silvestres e lavagem de dinheiro. De acordo com informações da Secretaria Estadual de Meio Ambiente Sustentabilidade do Pará (Semas-PA), peixes ornamentais, entre eles arraias, eram capturados na Bacia do Rio Tapajós, no Pará, e seguiam por três rotas, Belém, Santarém e Manaus.

“Manaus era um ponto intermediário, onde as arraias e peixes recebiam oxigênio e depois eram despachadas para o exterior”, afirma o delegado Samir Freira, da Polícia Civil do Amazonas. Em Manaus, cinco pessoas foram presas, em cumprimento de mandados de prisão temporária e preventiva. Foram apreendidas ainda arraias e bagres, além de balões de oxigênio, caixas e outros produtos usados no transporte dos animais.

Foram feitas prisões e apreensões também nas cidades de Itaituba e Altamira, interior do Pará, onde foram apreendidas também armas. A operação denominada Poseidon, deus grego dos mares, tem a participação também do Ministério Público, Receita Federal e Secretaria da Fazenda do Pará. A polícia paraense suspeita que o esquema incluía a lavagem de dinheiro.

As acusações incluem maus tratos, pois os animais eram transportados em sacos plásticos, com quantidade limitada de água e oxigênio, o que causava grande mortandade. A operação foi montada a partir de denúncias recebidas pela Semas-PA, que monitorou o esquema de captura e tráfico de animais entre o Pará e o Amazonas.

Em junho do ano passado, cinco pessoas foram presas no Aeroporto de Santarém (PA), quando tentavam embarcar para Manaus (AM), com peixes ornamentais na bagagem. Durante a operação denominada Safe River, que mobilizou as polícias Civil e Militar do Pará, Semas-PA e o Ministério Público Federal, foram apreendidos 400 peixes acaris e 58 arraias jabota, que têm a venda proibida.

 

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