![Fernando Coelho Filho, ministro de Minas e Energia (MME), em coletiva sobre a Renca, realizada na semana passada (25). Foto: Saulo Cruz/MME.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/09/Coelho-1024x683.jpg?resize=640%2C427)
Após críticas feitas dentro do próprio governo, o Ministério de Minas e Energia decidiu paralisar todos os procedimentos relativos à exploração minerária dentro da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), entre o Pará e o Amapá, por 120 dias. A decisão não revoga, na prática, o decreto que extinguiu a área, mas acalma os ânimos dos críticos.
Considerada pelo próprio ministro do Meio Ambiente como um tiro no pé, a permissão para explorar a área de 46.501 quilômetros quadrados provocou uma avalanche de protestos e iniciou uma luta judicial contra a abertura da área.
Em nota divulgada na quinta-feira (31) justificando a paralisação, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que o adiamento “dará início a um amplo debate com a sociedade sobre as alternativas para a proteção da região”. O presidente, que está em viagem oficial à China, foi consultado.
O ministro ainda afirmou que no final do prazo, o Ministério apresentará ao governo e à sociedade as “conclusões desse amplo debate e eventuais medidas de promoção do seu desenvolvimento sustentável, com a garantia de preservação”.
Essa é a segunda vez que o governo recua em relação ao decreto que extinguiu a Renca. O primeiro foi quando revogou o primeiro decreto e editou outro com basicamente os mesmos pontos, mas deixando claro que não haveria exploração de mineração em unidades de conservação ambiental e terras indígenas. O primeiro recuo não convenceu.
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Nunca na historia "dezte paiz" houve tanto FAKE NEWS num mesmo assunto ambiental como nesse caso da RENCA. Isto posto, incrível como Temer é frouxo…mesmo quando acerta, erra, cedendo à gritaria desinformada dozartistas!