A presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), também conhecida como bancada ruralista, será a futura ministra da Agricultura no governo Bolsonaro. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (07) e confirmado depois pelo próprio presidente eleito, que comunicou a escolha através da sua conta no Twitter.
Tereza é a primeira mulher a integrar o novo governo.
Agrônoma de formação, Tereza Cristina é líder da bancada ruralista desde fevereiro deste ano. A aproximação com Bolsonaro ocorreu antes das eleições e a bancada apoiou o candidato já no primeiro turno. A FPA conta com 233 integrantes na Câmara e 27 integrantes no Senado. É a maior bancada pluripartidária do Congresso.
Antes de ser deputada, Tereza Cristina foi secretária estadual de Desenvolvimento Agrário do Mato Grosso do Sul até 2014. Em 2017, foi líder da bancada do PSB na Câmara dos Deputados, antes de romper com o partido e ir para o Democratas. Na Câmara, ganhou a alcunha de “musa do veneno”, por ter presidido a comissão especial do projeto de lei 6299/02, que flexibiliza as regras de utilização de agrotóxicos no País.
Tereza Cristina trabalhou duro pela aprovação do projeto, que ainda será votado plenário da Câmara.
Na presidência da FPA, a deputada trabalhou pelo aumento do crédito rural, pela renegociação de dívidas do setor, pela mudança no licenciamento ambiental e na legislação indígena.
Futuro incerto do ministério do Meio Ambiente
Ao que tudo indica, a Agricultura não vai incorporar o ministério do Meio Ambiente (MMA). Foi o que disse aos jornalistas o deputado Alceu Moreira (MDB-MS), após sair de uma reunião com Jair Bolsonaro. Moreira é vice-presidente da FPA. Como ficará o MMA, sua composição ou se será fundido com outra pasta, ainda são perguntas sem respostas.
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Vai ser a Dona Beija, a Marquesa de Santos, a professorinha…
Só quero que sumam com esse ICMBIO, coloca outra coisa no lugar, mas esse aí não dá mais, nunca deu