O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo com 11 milhões de toneladas, ao ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. E desse total, apenas noventa e um por cento, ou seja, mais de 10 milhões de toneladas foram coletadas. Esse é o alerta do estudo Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização do WWF. A ONG compilou dados do Banco Mundial, que analisou a produção de plástico em mais de 200 países.
O levantamento afirma ainda que o Brasil produz, em média, aproximadamente 1 quilo de lixo plástico por habitante a cada semana e que recicla muito pouco. Somente 145 mil toneladas do lixo plástico gerado é reaproveitado, um índice de 1,28%, um dos menores da pesquisa que aponta que a média global de reciclagem é de 9%.
As falhas no tratamento e coleta de lixo plástico vão desde perdas na separação de tipos de plásticos até o baixo valor pago na reciclagem. Ainda segundo o estudo, 7,7 milhões de toneladas desse material plástico vão parar nos aterros sanitários e outros 2,4 milhões de toneladas são descartadas de forma irregular, sem tratamento, em lixões a céu aberto.
“É hora de mudar a maneira como enxergamos o problema: há um vazamento enorme de plástico que polui a natureza e ameaça a vida. O próximo passo para que haja soluções concretas é trabalharmos juntos por meio de marcos legais que convoquem à ação os responsáveis pelo lixo gerado. Só assim haverá mudanças urgentes na cadeia de produção de tudo o que consumimos”, afirma Maurício Voivodic, Diretor Executivo do WWF-Brasil.
Acordo internacional
Ainda segundo o estudo, desde 2000 o mundo já produziu a mesma quantidade de plástico que em todos os anos anteriores somados. Sem reciclagem, estima-se que um terço de todo o plástico descartado tenha se inserido na natureza como poluição terrestre, de água doce ou marinha. Se nada for feito, a quantidade de poluição plástica dobrará no planeta até 2030, sendo os oceanos os mais afetados.
“Baseada nos resultados desta pesquisa, o WWF pede que governos, indústrias e o público reconheçam com urgência que a abordagem mundial atual para a crise dos plásticos não está funcionando. A ausência de uma resposta sistemática eficaz, seja em nível nacional ou internacional, impede o progresso, ameaça o crescimento econômico sustentável, e tem consequências diretas para o meio ambiente, espécies e pessoas”, propõe a ONG.
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Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização
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O Brasil tem muito a avançar na reciclagem e geração de energia a partir de resíduos plásticos produzidos, porém o estudo do WWF se equivocou ao analisar os dados do relatório "What a Waste 2.0: A Global Snapshot of Solid Waste Management to 2050". Segundo o relatório, o percentual de reciclagem de 1,4% incide no total de resíduos sólidos urbanos gerados (que contempla matéria orgânica e outros materiais não recicláveis) e não corresponde ao percentual de reciclagem de plásticos. O Brasil recicla em torno de 5,5% do total de resíduo plástico produzido e recupera cerca de 8,2% dos resíduos plásticos recicláveis (Panorama 2017 Abrelpe), próximo a média global apontada pelo estudo.
Que tal um simples triturador de lixo em cada residência, comércio e indústria no mundo… cada um trataria seu próprio lixo de acordo com aquilo que consome. Exemplo: Eu não uso enlatados e enlatados, refrigerantes e etc…,
Mas agora que proibiu o canudinho vai dar tudo certo.
A proibição dos canudos é uma conquista, longe de resolver o problema relacionado ao lixo plástico. É provável que traga mais simbolismo do que solução, mas aponta uma direção de parte da sociedade em pensar nas alternativas ao plástico, com diversas ideias interessantes para a substituição da matéria-prima. Esse direcionamento tende a criar um movimento, entrar em nossa cultura contemporanea e pode nos levar a outras conquistas, com impactos e resultados cada vez mais eficientes.
Ass: copo meio cheio.