O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira (22) o registro de 51 novos agrotóxicos. Desta nova leva, pelo menos 7 produtos são associados à mortandade de abelhas. Desde o início do ano, já são 290 novas autorizações de agrotóxicos, o equivalente a 1,4 registros por dia.
Dos 51 produtos registrados nesta segunda-feira, 17 são extremamente tóxicos à saúde humana, um é altamente tóxico, 28 são medianamente tóxicos e 5 pouco tóxicos. Em relação aos riscos ao meio ambiente, um deles é altamente perigoso ao meio ambiente, 17 são muito perigosos ao meio ambiente, 28 são perigosos ao meio ambiente e 5 são pouco perigosos ao meio ambiente.
Do total de registros, 18 referem-se a produtos técnicos de uso industrial, ou seja, destinados à fabricação dos agrotóxicos, e outros 33 produtos já estão prontos para serem comercializados nas lojas especializadas.
Com a publicação do ato, esses agrotóxicos passam a ter a comercialização permitida no Brasil. Atualmente existem 2.356 produtos agrotóxicos comercializados no país.
Restrições por causa das abelhas
Dos novos produtos liberados hoje, 6 são a base do ingrediente-ativo sulfoxaflor, usado no controle de pulgões e mosca-branca e autorizado pela primeira vez no Brasil no final da gestão de Michel Temer. O sulfoxaflor é apontado como um inseticida ligado à mortandade de abelhas e terá seu uso restrito por regras estabelecidas pelo Ibama. Não será permitido a pulverização do produto em época de floração das culturas, por exemplo. É o que anunciou nesta segunda-feira (22) o Ministério da Agricultura, em nota.
Fora os seis produtos à base de sulfoxaflor e um herbicida à base de florpirauxifen-benzil – produto técnico aprovado em junho deste ano – todos os outros agrotóxicos da lista são genéricos de produtos já vendidos no Brasil. Ou seja, ingredientes antigos que passam a ser vendidos sob novas marcas comerciais.
O objetivo do governo é aumentar a concorrência e diminuir os custos de produção. Cerca de 30% da produção agro é gasta em produtos químicos.
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Eu acho vergonho os políticos liberarem esses venenos para saúde da população.
Só "Resistência" a serviço dos lobbies agroindustriais internacionais, notadamente europeus para manter subsídios locais. Desgraçadamente ECOa a desinformação militante pois de fato o que está havendo é uma atualização de defensivos para novas formulações mais eficientes e menos tóxicas, por isso destes 51 agrotóxicos, sete são produtos novos e 44 são equivalentes, ou seja, genéricos de princípios ativos já autorizados no Brasil.
Cabe destacar a restrição publicada: "“O uso do inseticida no Brasil deverá seguir as orientações estabelecidas pelo Ibama para a mitigação de risco para insetos polinizadores como, por exemplo, a restrição de aplicação em períodos de floração das culturas, o estabelecimento de dosagens máximas do produto e de distâncias mínimas de aplicação em relação à bordadura para a proteção de abelhas não-apis. Essas restrições constam na rotulagem dos produtos e são estabelecidas de acordo com cada ingrediente e cultura”,"
Pois é, 50 por cento dos liberados até agora desde janeiro,são proibidos na europa. Por que ?
O único novo é a florpirauxifen-benzil. Esse é bom ou ruim? Ou seja, é menos ou mais danoso do que o que vai substituir?
A farra continua, não é mesmo ministra da Agricultura. E o sinistro Salles dorme zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz