Os dados de alertas de desmatamento (Deter-B), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostram que os alertas em julho de 2019 alcançaram 2.254,8 quilômetros quadrados (km²) de área desmatada, em comparação com o mesmo mês de 2018, quando alcançou 596,6 km². Isso significa um aumento de 278% em comparação de um mês com o outro.
A reportagem de ((o))eco obteve os números através do portal TerraBrasilis, mantido pelo INPE, onde qualquer cidadão poderá ter acesso aos dados.
O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) não mede, nem foi programado para medir, a extensão real do desmatamento na Amazônia. Esta é a função do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), cuja prévia costuma sair em novembro, antes da COP do clima. A função do Deter é avisar às autoridades onde as motosserras estão cantando e impedir a transformação da floresta em campo. Além de apontar tendências. E as tendências usando os dados acumulados do ano são de aumento acentuado.
Dados acumulados
O calendário do desmatamento começa em agosto e termina em julho do ano seguinte. De agosto de 2018 a julho de 2019 foram desmatados 6.833 quilômetros quadrados na Amazônia, contra 4.572 quilômetros quadrados no mesmo período do ano anterior (agosto de 2017 a julho de 2018), um aumento de quase 50% de um ano para o outro.
Historicamente os dados do Deter apontam a tendência que será confirmada pelos dados do Prodes no final do ano para cima. Em 2018 os dados de alertas acumulados (agosto de 2017 a julho de 2018) apontavam que 4.572 quilômetros quadrados foram derrubados. Os dados consolidados do Prodes mostraram que a Amazônia perdeu 7.536 km² de floresta.
Leia Também
Diretor do INPE é exonerado após Bolsonaro criticar dados do desmatamento
Leia também
Diretor do INPE é exonerado após Bolsonaro criticar dados do desmatamento
Demissão ocorreu após 2 semanas de crise iniciada pelo presidente, que disse a jornalistas estrangeiros que Ricardo Galvão estava “a serviço de ONGs” →
Militar da Aeronáutica vai presidir o INPE interinamente
Darcton Policarpo Damião ocupará a vaga de Ricardo Galvão no comando do Instituto responsável pelo monitoramento das mudanças no uso do solo no país →
INPE: os olhos da floresta
Reconhecido mundialmente por sua qualidade e transparência, o monitoramento da Amazônia por satélite tem sido replicado mundo afora →
Ao lá.
Vamos ao trabalho sr. ministro Salles. Ao trabalho. Chega de enrolação.
A seu discurso não resolve, mexa-se. Tem dúvida, entre em avião ou helicoptero da FAB e vá lá, verificar.
Até agora, age, com a mesma preguiça e discurso de fumaça de governos passados.
Acorda, vamos.
Corrigindo
Alto lá.