Ainda lá em cima

A democrata Nancy Pelosi, próxima a liderar o Congresso americano, já deixou claro que entre suas prioridades mais urgentes estão mudanças no campo da energia. Quer menos subsídios para empresas petrolíferas e mais estímulo para eficiência energética e combustíveis alternativos. O presidente George W. Bush parece estar em sintonia com a moça.Reportagem do jornal Financial Times diz que ele deve lançar em breve um grande programa de “independência energética” (as aspas são do jornal), com ênfase renovada em biocombustíveis.

Por Redação ((o))eco
13 de novembro de 2006

Mascarados

Esquilos cinza são considerados os principais responsáveis pela diminuição no número de passarinhos cantores ingleses. Por traz do pêlo fofinho e de uma pretensa dieta vegetariana composta por frutinhas e nozes, garantem cientistas, está um animal frio, capaz dos atos mais pavorosos. Os esquilos, naturais da América do Norte, são acusados de comer ovos e pequenos filhotes dos pássaros, entre os quais estão espécies ameaçadas de extinção. Segundo o jornal The Independent, não é a primeira vez que esta espécie responde por crimes contra a natureza: o esquilo vermelho, nativo da Grã-Bretanha, foi praticamente expulso de sua terra devido à competição desleal com os malvados.

Por Redação ((o))eco
13 de novembro de 2006

Pós-Quioto

A Agência Internacional de Energia divulgou relatório no final da semana passada, onde alerta para o fato de que importante mesmo são as negociações sobre o "pós-Quioto", que estão atolando na reunião de Nairobi. Segundo o diretor executivo da Agência (IEA), Claude Mandil, dificilmente os objetivos do Protocolo de Quioto serão alcançados. "Quioto está quase no final, agora. É muito tarde". Por isso todos os esforços devem se concentrar nas metas para depois de Quioto, isto é, para depois de 2012, e evitar que haja um vazio entre o final de Quioto e o próximo acordo.

Por Redação ((o))eco
13 de novembro de 2006

Aparição

O governador de Rondônia, Ivo Cassol, que passou a última semana depondo em Brasília por acusações de corrupção, deu o ar da graça na audiência pública do complexo Madeira, que ocorreu em Porto Velho no dia 11 de novembro. Exaltado, com seu chapéu de fazendeiro característico e em tom de ameaça, disse que não vai permitir que migrantes tirem as riquezas do seu estado e deixem ali apenas pobreza, como fizeram os garimpeiros na década de 80. E, a exemplo das demais autoridades públicas rondonienses, acredita piamente que a geração de emprego por conta da construção das usinas de Santo Antônio e Jirau vai resolver todos os problemas de Porto Velho. Foi aplaudidíssimo.

Por Redação ((o))eco
12 de novembro de 2006

Saída à francesa

Depois de dar seu show na abertura da audiência pública, Ivo Cassol foi embora. Não perdeu nem um minuto de seu tempo para ouvir as sugestões, críticas e dúvidas da população de Rondônia sobre as usinas do rio Madeira. Estima-se que quase duas mil pessoas tenham passado pela audiência, que começou as 9h e só terminou perto das 22h.

Por Redação ((o))eco
12 de novembro de 2006

Novas audiências

O Ibama levantou a possibilidade de marcar, além das audiências de Abunã e Mutum-Paraná (que não aconteceram por decisão liminar da Justiça de Rondônia), uma outra na localidade de São Carlos, à jusante dos projetos das usinas. A pedido de algumas pessoas e do prefeito de Porto Velho, Luiz Felippe Kunz Junior, diretor de licenciamento do instituto, prometeu avaliar a proposta. Mas lembrou que durante o prazo previsto para a população sugerir os locais das audiências, entre setembro e novembro, ninguém se manifestou.

Por Redação ((o))eco
12 de novembro de 2006

Discussão aprofundada

Também a pedido, Luiz Felippe informou que pretende marcar pelo menos uma reunião com a população para discutir detalhes sobre as medidas mitigatórias sócio-ambientais dos empreendimentos, se for concedida a licença prévia para as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Entre as pessoas que não eram francamente favoráveis às usinas – em especial os ribeirinhos – as maiores dúvidas referiam-se ao local para onde os atingidos serão relocados. E, nesta etapa, Furnas e Odebrecht não tinham respostas tão específicas. Garantiram apenas que os atingidos serão respeitados, indenizados e transferidos para uma área semelhante a onde vivem hoje.

Por Redação ((o))eco
12 de novembro de 2006

Reuniões particulares

Lideranças indígenas e garimpeiras foram algumas das quais reivindicaram novas audiências para tratar de temas específicos. Mas, de acordo com o Ibama, esse tipo de reunião, em caráter oficial, não está previsto na legislação que estabelece os procedimentos de licenciamento ambiental.

Por Redação ((o))eco
12 de novembro de 2006

Protocolados

Ao final da audiência pública de Porto Velho, 13 sugestões de organizações sociais e governo foram protocolados. Todas serão analisadas como parte da documentação oficial do licenciamento das usinas do Madeira.

Por Redação ((o))eco
12 de novembro de 2006

Atraso

O Brasil ganhou, ontem,em Nairobi, o prêmio "Fóssil do Dia", atribuído pela ONG Climate Action Network (CAN) às delegações com o pior comportamento na reunião da Convenção do Clima. Ganhou o triste título de senilidade político-ambiental porque foi a delegação que mais sabotou a discussão sobre o acordo pós-Kyoto, para valer a partir de 2012. Premiação por mérito.

Por Sérgio Abranches
11 de novembro de 2006

Tudo calmo

Com exceção do forte calor em Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho, a primeira audiência pública para debates sobre a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira, transcorreu sem problemas nesta sexta-feira. Mesmo tendo o Ibama derrubado a liminar da Justiça que suspendia as quatro audiências previstas na noite da última quinta-feira, cerca de 800 pessoas compareceram ao evento, entre moradores, pequenos agricultores, madeireiros, pescadores, garimpeiros, representantes de comunidades indígenas e movimentos sócio-ambientais. Sem confusão ou tentativas de impedimento.

Por Redação ((o))eco
11 de novembro de 2006

Socialíssimo

Das 9h as 16h30 (horário local), praticamente sem interrupções, a população assistiu e questionou o estudo de impacto ambiental apresentado por Furnas e Odebrecht numa escola municipal do distrito, que tem nove mil habitantes e será parcialmente alagado pela usina de Santo Antônio, se ela sair do papel. A maior parte das 50 intervenções referiam-se aos impactos sociais e a garantias de que as pessoas serão indenizadas e remanejadas devidamente. Elas, é claro, demonstraram bastante preocupação em relação a emprego e infra-estrutura na região do vale do Madeira – que, até agora, só viu surtos de crescimento econômico por causa do garimpo, da pesca e, mais recentemente, da extração de madeira. Discussão sobre meio ambiente mesmo não emplacou.

Por Redação ((o))eco
11 de novembro de 2006