Ver para crer

Velhinhos americanos estão dispostos a tomar injeção no olho para não ficarem cegos. Foi descoberto um fenômeno genético que destrói os genes que provocam um tipo de cegueira. A descoberta virou droga, e agora está pronta para ser testada em seres humanos. O The New York Times ( gratuito) traz detalhes sobre o novo milagre da ciência, que mais uma vez pegou carona nos segredos da natureza .

Por Carolina Elia
14 de setembro de 2004

Biossegurança: semana decisiva

Se a agenda eleitoral deixar, o Senado deve votar nesta semana a Lei de Biossegurança. O objetivo da biossegurança é garantir o avanço da tecnologia com a proteção à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Mas não são poucas as controvérsias quanto à forma de fazê-lo.As pesquisas na área avançam rapidamente e os cientistas se ressentem da falta de regulamentação no setor. Nos últimos anos, foram alcançadas conquistas inéditas, como o seqüenciamento dos genomas de fitopatógenos (como as bactérias Xylella fastidiosa e Xanthomonas citri), da cana e do café. Os produtores e pesquisadores esperam apenas a aprovação da Lei de Biossegurança para que os investimentos se revertam em desenvolvimento tecnológico. Mas a pesquisa com células-tronco de embriões humanos, incluída na lei, causa intenso debate ético e religioso.Outro ponto delicado do projeto é a liberação dos transgênicos. O relator Ney Suassuna já avisou que alterou muito pouco da proposta original de Osmar Dias, uma notícia considerada terrível por várias organizações não-governamentais. Elas dizem que o projeto desconsidera normas de rotulagem para produtos transgênicos, não prevê restrições ao uso de agrotóxicos e dá plenos poderes à Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), retirando o poder de veto do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama. Em síntese, libera o plantio e comercialização dos transgênicos quase sem restrição. A rede de ONGs que luta contra a liberação dos organismos geneticamente modificados está em Brasília lutando para conseguir algum impedimento regimental à votação.

Por Lorenzo Aldé
14 de setembro de 2004

Promessa difícil

Em entrevista para O Estado de S. Paulo (só para assinantes), o presidente da República promete que não vai liberar o plantio de soja transgênica, como no ano passado, por Medida Provisória. Quer que o Senado discuta e vote já o projeto de lei que regula a questão e que tramita na Casa. O problema é o tempo. O plantio da soja começa em outubro. Com ou sem lei e com ou sem MP, a maioria das sementes que irão para debaixo do solo serão transgênicas. Leitura de 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004

Altos e baixos

Reportagem da Folha de S. Paulo (só para assinantes) diz que houve alteração nas medidas, e em consequência, também no ranking dos picos brasileiros. Técnicos do IBGE e do Instituto Militar de Engenharia, com a ajuda de satélite, afirmam que o ponto mais alto do território brasileiro, o Pico da Neblina, no Amazonas, tem 20 metros menos do que se supunha. Sua altura oficial passou a ser 2973 metros. O segundo lugar ainda pertence ao 31 de Março, também no Amazonas, que com a nova medição ficou 66 centímetros mais alto. A mudança de colocação aconteceu na Serra da mantiqueira, na região Sudeste, onde se supunha que as Agulhas Negras, no Rio, tinham o pico dominante. Nada disso. É o de Pedra da Mina, em Minas, que a 2798 metros do nível do mar, é 7 metros mais comprido que seu rival fluminense. Lê-se em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004

Varrendo do mapa

A história não chega a ser grande novidade, mas O Globo (gratuito, pede cadastro) produziu sobre ela uma boa reportagem. Os micos-leões-dourados da Reserva Biológica de Poço das Antas, no Estado do Rio estão sendo alvo de uma política de limpeza étnica há nove anos. Cem foram mortos até o ano passado. Este ano, os ataques recrudesceram e outros dez perderam a vida em condições bastante cruéis. Todos morreram com seus crânios esmagados e foram comidos. O Ibama instalou câmeras para tentar identificar os culpados. Até agora, só conseguiu ter vários suspeitos. Das mortes, o principal é o macaco-prego, que pode estar disputando território com os micos. De comer a carne dos mortos, a lista é imensa. Vai de jaguatiricas, a gambás e iraras, animal parecido com uma lontra. O curioso nisso tudo foi a demora dos funcionários do Ibama em acordar para o problema, que parece ser grande. Poço das Antas está sob pressão de caçadores e vivendo uma espécie de decadência de sua flora. Os caçadores podem ter contribuído para tornar a cadeia alimentar na Reserva instável, provocando a disputa territorial. A falta de árvores altas deixa os micos ainda mais à mercê de possíveis predadores. O texto não é longo. Não chega a levar 2 minutos para ser lido.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004

Sujeira para dentro de casa

O STJ liberou a importação de pneus reformados através de empresa baseada no Paraná. O Ibama tinha pedido a intervenção do tribunal para bloquear a vinda do material, considerado uma das coisas mais poluentes que existem no mundo. Segundo o Valor (só para assinantes), a decisão coube ao ministro Edson Vidigal. Coisa curta. Leitura de segundos.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004

Coisa de vaca

O Globo (gratuito, pede cadastro) tem longa entrevista com um professor de Educação Física contando sua experiência com anabolizantes na juventude. Para ficar sarado, submeteu-se à tratamento “veterinário”, utilizando-se de compostos recomendados a músculos de animais de grande porte. Livrar-se deles é coisa tão dolorosa como largar uma droga para um viciado. Dá 5 minutos de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004

Novas usinas

O Ibama voltou a liberar licenças ambientais para a construção de usinas hidro-elétricas. Ontem, deu sinal verde para que se reiniciassem os trabalhos que tinham sido interrompidos na usina de Corumbá IV, em Goiás. Nos próximos dias, informa o Valor (só para assinantes), deve liberar o projeto da usina que será colocada na Foz do Chapecó, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. Nem 1 minuto para ser lida.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004

A rota do Ivan

O Ivan, conta o The New York Times (gratuito, pede cadastro), raspou em Cuba. Passou pelo lado oeste da ilha, mas ainda assim deixou um rastro de destruição provocada pelo vento e pelas chuvas para Fidel e seus comandados. Ele agora se dirige aos Estados Unidos. Tudo indica que a Florida, desta vez, não será seu porto de chegada. O furacão está rumando em direção à costa do Golfo do México. A Louisiana, neste momento, parece ser o estado mais ameaçado. Lê-se em cerca de 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004

O velho bom conselho

Poucos recursos e muita imaginação. Para Charles Correa, arquiteto indiano, essa é a receita de culturas tradicionais para construir casas agradáveis e ecologicamente corretas. Segundo ele, em matéria da BBC News (gratuito), os arquitetos modernos esqueceram como usar a natureza a seu favor. Seus prédios e casas feitos a base de concreto, aço e vidro precisam de muita tecnologia para ser habitáveis. Enquanto isso, indianos e persas sabem há séculos como construir com economia e conforto, com soluções muito simples e naturais. Deveriam ser estudados e imitados.Lê-se em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
13 de setembro de 2004

Fogo fúnebre

A prática de queimadas não respeita vivos nem mortos. A capital do Acre, Rio Branco, foi tomada na tarde desta segunda-feira, 13 de setembro, por densas nuvens de fumaça. As chamas tomaram conta do cemitério Jardim da Saudade. Semana passada, a prefeitura mandou roçar, pela primeira vez no ano, o mato alto que quase cobria as sepulturas. Agora, ao que parece, ateou fogo no terreno para terminar de limpá-lo. Para desespero da população, obrigada a conviver, nesta época do ano, com a sufocante fumaça vinda dos milhares de focos de incêndio do campo e trazida pelo vento das queimadas na Bolívia, Rondônia e Mato Grosso. (Foto: Altino Machado)

Por Redação ((o))eco
13 de setembro de 2004

Nosso Parque de volta!

Os ambientalistas foram pegos de surpresa pela suspensão do decreto presidencial que cria o Parque Nacional da Serra do Itajaí, decidida por um juiz substituto de Blumenau (SC) no dia 6 de setembro. Naturalmente protegida pelas dificuldades de acesso, a área não se presta à agricultura e sua preservação afeta poucas propriedades particulares. Ou seja, o Parque Nacional tinha tudo para ser criado sem maiores problemas. Não durou três meses antes que os interesses privados ganhassem tempo na Justiça para lutar contra o patrimônio coletivo. Passado o espanto inicial, as instituições de defesa ambiental do estado estão se mobilizando para pressionar como podem pela volta do Parque. Já está no ar, no site da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi), uma campanha para encher a caixa de mensagens do juiz Edilberto Barbosa Clementino, pedindo a revogação da liminar assinada por ele.

Por Redação ((o))eco
13 de setembro de 2004