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Varrendo do mapa
A história não chega a ser grande novidade, mas O Globo (gratuito, pede cadastro) produziu sobre ela uma boa reportagem. Os micos-leões-dourados da Reserva Biológica de Poço das Antas, no Estado do Rio estão sendo alvo de uma política de limpeza étnica há nove anos. Cem foram mortos até o ano passado. Este ano, os ataques recrudesceram e outros dez perderam a vida em condições bastante cruéis. Todos morreram com seus crânios esmagados e foram comidos. O Ibama instalou câmeras para tentar identificar os culpados. Até agora, só conseguiu ter vários suspeitos. Das mortes, o principal é o macaco-prego, que pode estar disputando território com os micos. De comer a carne dos mortos, a lista é imensa. Vai de jaguatiricas, a gambás e iraras, animal parecido com uma lontra. O curioso nisso tudo foi a demora dos funcionários do Ibama em acordar para o problema, que parece ser grande. Poço das Antas está sob pressão de caçadores e vivendo uma espécie de decadência de sua flora. Os caçadores podem ter contribuído para tornar a cadeia alimentar na Reserva instável, provocando a disputa territorial. A falta de árvores altas deixa os micos ainda mais à mercê de possíveis predadores. O texto não é longo. Não chega a levar 2 minutos para ser lido.