Lápide alternativa

Nos Estados Unidos você pode virar recife de coral quando morrer, são os “Corais Eternos”. As cinzas mortuárias são misturadas a cimento e transformadas numa espécie de casulo que é depositado no fundo do mar. Com o tempo, a lápide, com direito a “Aqui jaz..” e tudo, vira casa de peixes e corais. Segundo o Miami Herald (gratuito, exige cadastro) existem mais de 100 túmulos ecologicamente corretos espalhados pelo Golfo do México.

Por Carolina Elia
26 de novembro de 2004

Chocolate cura tosse

Tem qualidades a guloseima que quase todos adoram, alguns são viciados e, ao mesmo tempo, responsável por tanta culpa e quilos a mais. Recentemente o chocolate foi reabilitado pelas qualidades antioxidantes do cacau. Também parece conter uma substância que substitui a codeína como remédio para tosses persistentes, que ficam semanas após uma infecção viral. Sem efeitos colaterais dos concorrentes, como tonturas e constipação. Só falta emagrecer. New Scientist (gratuito).

Por Eduardo Pegurier
26 de novembro de 2004

Favela tem jeito

Em matéria publicada no site Favela tem memória (gratuito), o jornalista Silvio Ferraz conta a sua experiência com urbanização de favelas durante a gestão do governador Negrão de Lima, nos anos 60. Na época, ele trabalhava na Companhia de Desenvolvimento do Estado da Guanabara e descobriu uma doação esquecida do governo americano. Com ela, iniciou um programa que transformou em bairro a então favela Brás de Pina. A história é rica e o assunto controvertido. Vale a pena ler.

Por Eduardo Pegurier
26 de novembro de 2004

Morte pelo estômago

O Miami Herald (gratuito), que aliás acaba de por na Internet seção dedicada exclusivamente a notícias sobre meio-ambiente, tem reportagem dizendo que os famosos crocodilos dos pântanos da Flórida estão emigrando para longe de seu habitat, rumo ao sul do estado. Fogem da expansão da presença do homem em sua área de origem, mas acabam apenas esbarrando em mais seres humanos. Os cientistas temem pelo futuro imediato dos bichos que se transplantaram. No sul, passaram a ser alimentados pelos locais, coisa que os deixou praticamente desprovidos de qualquer agressividade ou instinto de sobrevivência. Além disso, a dieta a que estão submetidos, baseada em hamburguer e salsichas, são inadequadas aos seus estômagos. Correm o risco de morrer de dor de barriga.

Por Manoel Francisco Brito
24 de novembro de 2004

Correr nos fez humanos

A necessidade de correr grandes distâncias, para caçar na savana africana, foi um dos fatores importantes que separou a evolução do ser humano de outros primatas. Essa é a teoria de Dennis Bramble, biólogo da universidade de Utah, registrada em reportagem da Science Daily (gratuito).

Por Manoel Francisco Brito
24 de novembro de 2004

Poluição das alturas

Fantástica a história de Rinconada, no Peru. Segundo a BBC News (gratuito) é a ocupação humana permanente de maior altitude no mundo: 5.100 metros, onde se respira ar com 21% do oxigênio do nível do mar. Trata-se de uma favela criada em torno da mineração de ouro. A população local vive no meio do seu esgoto e lixo. Rinconada não tem mais água potável. Os locais bebem a neve que acumula nos telhados dos barracos. Lá, as geleiras andinas antes proviam água puríssima, que enchia um lago local. Hoje poluídas, estragam tudo pelo caminho até chegar ao lago Titicaca, distante 250km. Seus garimpeiros, com sorte, produzem de 5 a 10 gramas de ouro por mês, obtendo rendas máximas de US$100. A separação do ouro da rocha é feita com mércurio. Cada tonelada de ouro extraído joga 500 gramas do metal no meio ambiente. As minas peruanas despejam por ano 80 toneladas de mercúrio na água e 20 no ar, na forma de gás. E embora se saiba que todos os grandes rios do sul do país sejam atingidos, não existem estudos sobre os níveis de contaminação.

Por Manoel Francisco Brito
24 de novembro de 2004

Dilema

Miriam Leitão, em O Globo (gratuito, pede cadastro), cai no caso da usina de Barra Grande, a hidrelétrica prestes a entrar em funcionamento e cuja obra foi autorizada com base em relatório de impacto ambiental fraudulento. Feito pela firma Engevix, o estudo simplesmente ignorou a presenca de floresta primária, que tem espécies de árvores à beira da extinção, na área que será inundada. O consórcio Baesa, dono da hidrelétrica, insiste que não fez nada de mal. E é verdade. Ganhou licitação para instalar operação realizada depois que o governo liberou a obra. O problema é que ela insiste que apesar do erro original, agora é tarde para impedir que a usina entre em funcionamento. Os ambientalistas discordam.

Por Manoel Francisco Brito
24 de novembro de 2004

Eco-enganador

No Le Figaro (gratuito) noticia comprova que é muito importante desconfiar de qualquer operação comercial – O Eco é uma Ong – que tenha Eco no seu nome. O Ecomarché, rede francesa de supermercado, foi flagrado vendendo uma partida de carne estragada. As condições do flagrante da vigilância sanitária foram daquelas que não dão qualquer margem ao bandido de conseguir achar uma explicação. A carne foi encontrada no frigorífico de uma das lojas embebida em líquido. A função era deixá-la com a cor avermelhada, para torná-la mais apetitosa na prateleira.

Por Manoel Francisco Brito
24 de novembro de 2004

O time dos mais fracos

No Brasil existe a Rede Brasileira de Justiça Ambiental, criada em 2001, por setores da sociedade que foram prejudicados pela construção de barragens, atividades industriais ou outros danos ao meio ambiente. Eles tentam impedir situações em que o ônus do desenvolvimento seja pago pelas comunidades mais pobres. Amanhã, acontecerá no Rio de Janeiro o primeiro encontro nacional desta rede. Será no SESC da Tijuca (tel: 21 2286 1441). Entre os participantes, há integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens de Barra Grande.

Por Redação ((o))eco
24 de novembro de 2004

Quero ser índio

O Ministério da Justiça estima que a legalização da mineração em reservas indígenas pode render aos cofres do governo, só em impostos obtidos com diamantes colhidos na Reserva Roosevelt, ocupada pelos cintas-largas, cerca de 9 bilhões de reais por ano. Imagina o que vai ficar no bolso dos índios. A reportagem, um pouco confusa, está em O Globo (gratuito, pede cadastro).

Por Manoel Francisco Brito
24 de novembro de 2004