Bom futuro?

O Ibama começou a tomar providências para acabar com as invasões e o desmatamento na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Foi proposto aos posseiros um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que propõe a retirada da população no médio prazo e seu assentamento em terras a serem indicadas pelo Incra. Em contrapartida, fica proibida a entrada de novos invasores e equipamentos na reserva ambiental, além, é claro, do desmatamento. O TAC também estabelece o replantio da área desmatada. O representante legal dos posseiros deve responder à proposta ainda nesta sexta-feira, dia 28. Um documento final, incorporando as sugestões dos invasores, deve ser divulgado na segunda, dia 31.

Por Lorenzo Aldé
28 de janeiro de 2005

Audiências-Fantasma

Assim como em Belo Horizonte, a audiência pública sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco em Salvador, no dia 27 de janeiro, foi aberta e fechada sem que a discussão tenha ocorrido. A reunião na Bahia foi ainda mais rápida. Bastaram 15 minutos para que os manifestantes conseguissem impedir o Ibama de apresentar suas propostas. O Comitê Nacional da Bacia Hidrográfica do São Francisco informa que vai usar a mesma estratégia nas duas audiências que ainda faltam, em Aracaju (31 de janeiro) e Maceió (2 de fevereiro). A Procuradoria e o setor de Licenciamento do Ibama vão esperar a conclusão da série de audiências para decidir se a consideram válida ou não.

Por Redação ((o))eco
28 de janeiro de 2005

Correio

O governo do Pará recebeu carta consulta do governo federal sobre a criação de uma unidade de proteção integral, no caso um Parque Nacional, na Terra do Meio. Do ponto de vista burocrático, é a última etapa a ser cumprida para formalizar o decreto de criação.

Por Redação ((o))eco
28 de janeiro de 2005

A Garça-branca

A garça-branca (Egretta thula) já foi típica dos manguezais e lagoas do Rio de Janeiro. Mas, como os manguezais e lagoas estão deixando de ser...

28 de janeiro de 2005

Davos

A elite mundial não tem dado respostas adequadas aos principais riscos globais do momento. Esta foi a conclusão de uma das mesas do segundo dia do Fórum Econômico Mundial em Davos. No debate foi apresentado o resultado de uma pesquisa da corretora Merril Lynch para o Fórum, com 60 líderes empresariais do mundo, da qual saiu a lista com os dez principais riscos contemporâneos para os negócios e o equilíbrio global: instabilidade no Iraque, terrorismo, crises fiscais, desestabilização da oferta de petróleo, radicalismo islâmico, redução súbita do crescimento na China, epidemias de doenças infecto-contagiosas, mudanças no clima, armas de destruição em massa e tensões resultantes da imigração descontrolada. A boa notícia é que a elite econômica mundial já reconhece as mudanças climáticas como fator relevante de risco econômico e ambiental.John Holden, especialista em meio ambiente que participou desse painel, alertou que estudos recentes mostram que o aquecimento global pode ser ainda mais intenso do que as conclusões já alarmantes até agora conhecidas. Segundo Holden, o aquecimento afetará a agricultura, aumentará a proliferação de germes que causam doenças e a ocorrência e intensidade de enchentes e secas, com riscos imprevisíveis. Ele afirma que as mudanças de atitude das empresas podem ajudar a mudar a posição do governo Bush em relação ao meio ambiente.

Por Sérgio Abranches
27 de janeiro de 2005

Angra III

O presidente Lula vetou o artigo do Orçamento da União de 2005 que deixava de fora investimentos em Angra III e abriu caminho para que a obra seja retomada em breve. O Globo (gratuito) apurou que a obra estava na lista de irregulares por não ter licença ambiental. Segundo fontes do governo, Lula tomou a decisão influenciado pelos apagões que andam acontecendo no país. Ontem, parte do Rio Grande Norte e da Paraíba ficou sem luz.

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Futuro: 11 graus mais quente

Um estudo envolvendo 95 mil pessoas em 150 países constatou que a emissão de gases relacionados ao efeito estufa na atmosfera pode elevar a temperatura da terra em 11 graus Celsius. Essa previsão é extrema, mas um aumento de apenas 5 graus já será capaz de provocar uma perigosa revolução climática. O maior estudo internacional sobre o tema ainda está em andamento, mas os primeiros resultados foram publicados na revista científica Nature e resumidos em português pelo O Globo.

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Presidente Tony Blair

O primeiro-ministro britânico Tony Blair é o atual presidente do G-8, grupo dos países mais ricos do mundo, e quer fazer do combate ao aquecimento global uma das marcas de seu mandato. Ao discursar no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, cutucou a recusa dos Estados Unidos a assinarem o Protocolo de Kyoto e disse que o G-8 está disposto a negociar com os países emergentes saídas para a crise climática. Países como Brasil, Índia e China se recusam a dividir com os países industrializados a conta da poluição atmosférica. A notícia está noValor (só para assinantes).

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Chantagem

Lobistas contratados pela indústria de petróleo americana estão pressionando os britânicos a pararem de alertar sobre as mudanças climáticas e de pregar o corte das emissões de gases causadores do efeito estufa. A denúncia foi feita pelo Presidente da Royal Society, que escreveu um artigo para o The Guardian (gratuito).

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Interferência

Depois de 26 anos, a prefeitura de Nova York concordou em exibir no Central Park a instalação “The Gates: Central Park, New York, 1979-2005”, que significará espalhar 7.500 estruturas de 6 metros de altura feitas de vinil, nylon e aço por 38,4 quilômetros de trilhas do parque. O projeto é assinado pelos artistas plásticos Christo Jeanne-Claude, os mesmos que empacotaram o parlamento alemão e a Pont-Neuf, em Paris. Segundo o Globo, o casal arcou com todo o custo da obra e ainda vai doar US$ 3 milhões para o Departamento de Parques de Nova York. A instalação ficará no Central Park de 12 a 27 de fevereiro.

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005