Nem os esquilos escapam

Falando em matança de animais no mínimo simpáticos, o The New York Times (gratuito, pede cadastro), foi até o interior da Louisiana, terra dos descendentes do cajuns, como ficaram conhecidos os colonizadores originais dessa região, todos franceses, testemunhar o início de um ritual antiquíssimo: a caçada de esquilos. É uma tradição que político nenhum conseguiu impedir. O animal é considerado uma iguaria na culinária cajun, especialmente o seu cérebro. A coisa é tão importante nessa região que as autoridades decretam em homenagem a ela um feriado mais longo que o do natal.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Liberou geral

A prefeitura de São Paulo dispensou a apresentação de exames médicos – atestando que seus portadores não têm doenças de pele transmissíveis – para entrada nas piscinas públicas da cidade. A secretaria municipal de Saúde justificou a medida, tomada em 31 de agosto, dizendo que não há qualquer perigo de transmissão de moléstias de pele se a água estiver tratada com cloro. Segundo a Folha de S. Paulo (só para assinantes), a questão é polêmica. Há muito médico que não concorda com ela.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004

Para quem gosta de conservação

No fim de outubro, o Centro Brasileiro de Biologia da Conservação (CBBC), do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, vai oferecer curso com duração de um mês para interessados em pesquisa para conservação. As aulas serão dadas na sede do IPÊ e em reservas ambientais. Uma delas acontecerá no Parque Estadual Morro do Diabo, uma valiosa reserva de Mata Atlântica mantida no interior de São Paulo. As inscrições estão abertas até o dia 8 de outubro, e os dados para contato são: (11) 4597-1327 / (11) 9634-3574 ou [email protected].

Por Redação ((o))eco
1 de outubro de 2004

O planeta vai mal

"Não se pode dizer que a situação mundial seja satisfatória". O diagnóstico não é novidade, mas leva a assinatura de 26 dos mais renomados economistas do mundo. Eles se referem à questão ambiental. O meio ambiente é um dos sete tópicos do manifesto Agenda de Desenvolvimento de Barcelona, produzido semana passada numa tentativa de apontar caminhos para o desenvolvimento sustentável da Humanidade. Os economistas acusaram um quadro pra lá de crítico, com destaque para o aquecimento global, as trágicas epidemias que atingem sobretudo a África e a situação de pobreza extrema a que estão condenadas 1 bilhão de pessoas. A principal receita do manifesto para mudar a situação é, claro, econômica: os países ricos precisam mudar as regras dos acordos comerciais internacionais que dificultam o progresso das nações em desenvolvimento.

Por Lorenzo Aldé
1 de outubro de 2004

McVegetariano

A notícia, que está no Guardian (gratuito), vai deixar muita gente de boca aberta. A Sociedade Vegetariana, a maior organização anti-carnívoros do mundo, vai emprestar seu logo como selo de certificação do novo cardápio vegetariano do McDonalds. A cadeia de fast-food ainda não tornou público o acordo porque, segundo o jornal, estava estudando maneira de divulgá-lo que não provocasse reação negativa para a Sociedade de Vegetarianos. Atropelada pela descoberta do acordo, a Sociedade divulgou carta em que diz que não há porque discriminar a certificação de produtos de qualquer empresa se eles estiverem dentro dos critérios de nutrição estabelecidos por seus analistas.

Por Manoel Francisco Brito
1 de outubro de 2004

Fora

O Laboratório Merck anunciou que está retirando do mercado mundial seu antiinflaamatório Vioxx e recomendou que pacientes que estejam injerindo a medicação suspendam imediatamente o tratamento. Estudo da Merck concluiu que seu uso contínuo aumenta o riso de problemas cardiovasculares. No Brasil, diz a Folha de S. Paulo (só para assinantes) o Vioxx é o líder de vendas em seu segmento. Em 2003, rendeu para os cofres da empresa aqui cerca de 30 milhões de dólares.

Por Manoel Francisco Brito
1 de outubro de 2004

Desabite-se

Erguido em uma Área de Preservação Permanente (APP) pertencente à Marinha, o condomínio de luxo Retiro do Sol Nascente, em Bombinhas, Santa Canarina, terá que ser demolido. A decisão unânime, em segunda instância, foi tomada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. Além de derrubar as casas de alvenaria já edificadas, a construtora Antuérpia terá que recuperar toda a área degradada, composta por dunas e restinga. A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) também foi condenada a pagar pela irregularidade, "já que autorizou o empreendimento sem tomar as devidas precauções". A demolição deverá acontecer no prazo de 90 dias, a partir do trânsito em julgado da sentença, sob pena de multa diária de mil reais.

Por Lorenzo Aldé
1 de outubro de 2004

Lessa e a Ilha Grande

Depois de uma década de planos ambientais absolutamente fracassados, a Ilha Grande, no Rio de Janeiro, volta a ser objeto de uma grande iniciativa de preservação. A idéia agora é botar para funcionar na ilha um programa com o nada modesto objetivo de tornar-se “uma referência mundial” em turismo com inclusão social. Foi concebida e está sendo acompanhada pessoalmente por Carlos Lessa, presidente do BNDES. Em sua primeira etapa, o Programa contratou a Coppe, centro de excelência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para desenvolver sete pré-projetos. As áreas são as seguintes: ordenamento territorial, água, lixo, esgoto, limites da exploração humana, infra-estrutura e logística para o turismo e participação comunitária. As propostas da Coppe, elaboradas por especialistas convidados, chegam ao BNDES até o dia 15 de dezembro. A partir de 2005, o banco incorporará os projetos de turismo sustentável na Ilha Grande em suas linhas de financiamento. Para saber mais sobre o Programa, acesse http://www.ivt-rj.net/ilhagrande/.

Por Redação ((o))eco
30 de setembro de 2004

Liberar os transgênicos

Na iminência do presidente Lula assinar mais uma Medida Provisória para liberar a plantação de transgênicos, um dos maiores conhecedores do assunto, o economista Jean Marc von der Weid, lançou na Internet um artigo sobre a questão. Ele chama a atenção para a mudança de posição súbita e mal explicada do presidente, que há até pouco tempo considerava “burrice” legalizar o plantio dos transgênicos. Jean Marc também expõe as incoerências do governo e o perigo de dispensar um debate público em nome do lucro imediato prometido pelo agronegócio. Leia o artigo na íntegra.

Por Redação ((o))eco
30 de setembro de 2004

Nova tentativa

O Ministério Público vai recorrer novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar por fim à disputa pela reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, alega que o processo de homologação gerou um conflito entre o Estado de Roraima e a União e que o caso só pode ser decido pelo Supremo. Em março, a Justiça Federal de Roraima atendeu a uma ação popular e impediu a demarcação total da área, um projeto que tinha o apoio do Ministério da Justiça. Os responsáveis pela ação alegaram que a demarcação de uma área contínua transformaria 50% do estado em reserva indígena. Em julho, a União pediu para o STF suspender a liminar, mas teve o pedido negado. O Tribunal manteve a decisão por considerar a transformação de uma região de fronteira em reserva indígena contrária aos interesses nacionais.

Por Redação ((o))eco
30 de setembro de 2004