Adeus às araucárias

Da caixa postal: No dia 28 do mês passado, enquanto o Ibama multava os proprietários de duas áreas no município de Candoi, no Paraná, em R$ 283 mil por terem desmatado irregularmente 145 hectares de terra, a derrubada de árvores corria solta à centenas de quilômetros dali, no município de Itaiópolis, Santa Catarina. O alvo era uma floresta de Araucárias – as mesmas árvores que em sua maioria tombaram em Candoi. Estava sendo arrancada do chão com o auxílio de tratores-esteira. George Wolheim Jr fotografou a área de mato destruída em Santa Catarina e enviou a redação de O Eco mensagem onde diz que o Brasil está prestes à se despedir de um de seus mais importantes ecossistemas: o da floresta de araucárias. Hoje, nos resta apenas 0.7% do que ela foi um dia.  

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004

Conversa

A Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib) está discutindo com técnicos do ministério do Meio Ambiente maneiras de tornar mais rápido o processo de licenciamento ambiental de obras de grande porte no Brasil. Já fez várias propostas. Sugeriu, por exemplo, criar cadastro na Internet com o nome organismos e consultores considerados referência

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004

Use o Eco

Publicações brasileiras que desejarem comprar os direitos de uso de reportagens, colunas, notas ou imagens de O Eco deverão entrar em contato...

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004

Missão: Mercúrio

Subiu ao espaço a sonda Messenger, da Nasa. Foi lançada de Cabo Canaveral, na Flórida, em direção a Mercúrio, o planêta mais próximo do Sol. A última vez que o homem passou perto de lá foi nos anos setenta, com a sonda Mariner 10. O Guardian (gratuito) conta que a missão pretende resolver uma série de mistérios científicos e só conseguirá chegar a Mercúrio porque o homem descobriu como aproveitar as forças da natureza para empurrar a Messenger até seu destino: vai usar a gravidade de Vênus e da Terra como estilingues espaciais. Demorará 7 anos para cumprir todo o percurso, mas a leitura do texto não toma mais do que 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
4 de agosto de 2004

Sub-Londres

Alerta amarelo na saúde pública britânica. Os casos de tuberculose dobraram em Londres nos últimos 15 anos. Os hospitais da capital inglesa vêm registrando média de 3000 casos por ano. O Guardian (gratuito) diz que a cidade, que continua recebendo grande número de imigrantes, está vulnerável à doença. Gasta-se 2 minutos de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
4 de agosto de 2004

Correção no futuro

O governo inglês vai construir mesmo 120 mil casas populares em área próxima do rio Tâmisa. O problema é que ela é, segundo ambientalistas e cientistas, de altíssimo risco. Por conta do efeito-estufa, a área é uma das mais vulneráveis à enchentes em toda a Inglaterra. Construir moradias lá pode ser o mesmo que condenar seus moradores a viver pesadelos ambientais. Segundo o Guardian (gratuito), o governo reconheceu os riscos, não mudou seus planos mas prometeu, em decisões futuras sobre onde fazer lares populares, levar em consideração a possibilidade da ocorrência de enchentes. Leitura de pouco mais de 1 minuto.

Por Manoel Francisco Brito
4 de agosto de 2004

Reciclagem em segredo

A Folha de S. Paulo (só para assinantes) traz reportagem mostrando que roupas feitas com material reciclado já freqüentam as prateleiras de lojas brasileiras há sete anos. Mas os produtores preferm não divulgar nada sobre isso, porque acham que o consumidor ainda implica com produtos feitos a partir da reciclagem de materiais. Pesquisa da Ong Akatu confirma que o preconceito existe: 36% dos entrevistados disseram que não vestiriam roupas recicladas porque acreditam que sua qualidade seria inferior a de vestimentas feitas com matéria-prima virgem. O texto leva 2 minutos para ser lido.

Por Manoel Francisco Brito
4 de agosto de 2004

Excesso de cadáveres

A Aids voltou a se espalhar de forma tão avassaladora no sul da África que em algumas regiões, as autoridades, por falta de novos cemitérios, estão sendo obrigadas a reciclar túmulos nos velhos. É o que acontece em Durban, África do Sul, onde a doença está matando bem mais rápido do que a capacidade da burocracia de descobrir o que vai fazer com o número exagerado de falecidos. O The New York Times (gratuito, pede cadastro) conta que em Durban há 52 cemitérios..Cinqüenta e um estão oficialmente com sua capacidade ocupada. Mas todos os dias os coveiros enterram novos cadávers neles. Simplesmente os jogam sobre os resto mortais que já estão nos túmulos.

Por Manoel Francisco Brito
4 de agosto de 2004

Agribusiness

O setor agro-exportador do Afeganistão se deu bem com a queda do regime dos Talibãs. Livre da repressão religiosa, que o forçava à clandestinidade, seu único negócio voltou a florescer. A colheita de ópio nas fazendas este ano promete ficar entre as maiores que se tem notícia. As autoridades na Grã-Bretanha preparam-se para lutar contra uma avalanche de heroína no mercado de drogas inglês. O The Independent (área gratuita) lembra que em 2001, quando mandou seus soldados invadir o Afeganistão junto com os americanos, o primeiro-ministro Tony Blair disse que a ação se justificava também pela necessidade de dar um golpe mortal no tráfic. Na época, acusava os aiatolás de usarem o ópio para conseguir dólares para os cofres do governo. Lê-se em três minutos.

Por Manoel Francisco Brito
4 de agosto de 2004

Prédios limpos

O vice-primeiro ministro inglês, John Prescott, anunciou ontem que qualquer prédio que venha a ser construído com financiamento ou investimento público terá que obedecer a uma lista de mandamentos para reduzir seu impacto ambiental. Mas só a partir de 2006. É quando deverá estar pronto o código com as novas regras para a construção civil. O governo quer evitar que se repita o que aconteceu nos anos 60, quando o setor deixou uma herança de passivos ambientais em saúde e dinheiro para o contribuinte, e ao mesmo tempo diminuir as emissões de dióxido de carbono na Inglaterra. Diz o Guardian (gratuito) que a construção, ocupação e manutenção de prédios responde por 50% delas.

Por Manoel Francisco Brito
4 de agosto de 2004