Cem mais, nem menos
O Incra até pode contestar os seis assentamentos no topo da suspeita lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia, mas como já divulgou O Eco, o órgão costuma fazer poucas e boas com a floresta. Ano passado, só em Santarém (PA), o instituto criou 97 assentamentos. O modus operandi foi tão ruim, sem localização exata, sem licenciamento, que o Ministério Público Federal acionou a Justiça pedindo o cancelamento de tudo.Nas estimativas acumuladas entre janeiro e agosto pelo Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que vê desmatamentos com mais de 25 hectares, a Amazônia perdeu 5.676 quilômetros quadrados (Km2). A área tem quase o tamanho de Brasília.O governamental Deter, no entanto, não avalia a incidência de desmatamento sobre assentamentos da reforma agrária. Já o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) avalia a degradação nessas e outras áreas, desde abril deste ano. Nos dados já avalidos, os assentamentos vêm respondendo por entre 10% e 18% das perdas florestais na Amazônia, onde cada propriedade pode desmatar até 20% de sua área. O Incra diz ter 2.257 projetos na região. →