Carona para casa

Os pingüins que se aventuraram até o litoral da Bahia este ano, em uma migração considerada “atípica” por pesquisadores, ganharão hoje uma caroninha de volta para casa. Cerca 300 pingüins de Magalhães que foram parar em Salvador e estavam aos cuidados do Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA), serão transportados em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até a cidade gaúcha de Rio Grande, onde retornam ao mar. Segundo o IMA, a carona é necessária porque, se forem soltos no litoral baiano, provavelmente não conseguirão retomar o caminho devido às correntes marítimas que os trariam de volta para o continente. Pouco mais de 100 pinguins ainda não reabilitados continuarão no Instituto até que tenham se recuperado completamente. Os animais achados na Bahia chegaram magros e fracos, tamanho o esforço de ir tão longe atrás de comida.

Por Salada Verde
1 de outubro de 2008

Pagando o maior MInCO

Carlos Minc disse hoje que o Ibama tem 20 dias para avaliar os recursos que o Incra encaminhou contra as multas que recebeu por encabeçar o desmatamento na Amazônia. A medida abre a porteira para ações de outros membros da listagem contra as informações governistas. A relação, conforme informação da Globo, estava pronta há sete meses. Tempo suficiente para checagem e divulgação. Agora, Minc joga a culpa no Ibama pela barbeiragem. No fim, lhe faltou habilidade para uma conversinha seu colega Rolf Hackbart para evitar atritos governistas em ano de eleição. “São desmatamentos pequenos, de 20 ou 30 hectares, por pessoa. Por outro lado, um pequeno desmata pouco, mas milhares desmatam muito. Por isso temos que melhorar, assim como temos que melhorar os índices de desmatamento em unidades de conservação e em terras indígenas”, comentou Minc, segundo nota do Ministério do Meio Ambiente.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008

Festival sustentavelmente equivocado

São Paulo recebeu este final de semana um evento cheio de boa vontade, o Festival About Us, cujo slogan era “entretenimento a favor da sustentabilidade”. Além de shows com cantores famosos, o evento disponibilizou ao público, estimulado a ir de bicicleta, várias opções menos agressivas ao meio ambiente, como latões de lixo seletivo, espaços decorados com material reciclado, centro de triagem de resíduos e praça de alimentação orgânica. No entanto, a julgar pelos fóruns que andam pipocando no site do evento, a sustentabilidade ficou só na propaganda. Segundo alguns indignados participantes do festival, o que mais se viu foram papéis jogados no chão e uma organização, digamos, “equivocada”. Isso porque, de acordo com os internautas, não foi permitido entrar com comida no evento (os shows começavam às 13h e iam até às 22h) e latões de mantimentos que foram confiscados transbordavam na entrada do festival; a cerveja em lata era passada para um copo plástico antes de ser dada ao consumidor (o que duplicou o número de recipientes jogados) e não havia latões de lixo suficiente. O Festival também já foi realizado em Manaus.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008

Contaminação de terras nos EUA

A Agência Ambiental Americana (EPA) acaba de disponibilizar, no Google Earth, uma ferramenta com informações sobre o potencial de energia renovável em áreas contaminadas de todo o território americano. No mapa, assusta a enorme quantidade de terras contaminadas, minas e áreas industriais abandonadas e poluídas por resíduos perigosos. Mais interessante é saber que essas áreas hoje são usadas para geração de energia eólica e solar, por exemplo, pois são  inadequadas para outros usos. No mapa interativo ainda é possível acessar informações sobre as empresas que hoje trabalham com geração de energia alternativa.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008

Reserva legal em canaviais

O grupo de ONGs e empresas do setor sucroalcooleiro, criado no final do ano passado pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) para debater a expansão das plantações no país – ainda não oficializado –, já tem um trabalho na manga. Na última semana, representantes da SOS Mata Atlântica e da Conservação Internacional reuniram-se, em São Paulo, para debater o andamento de um estudo sobre o passivo ambiental em propriedades canavieiras. A idéia é provar que o passivo pode ser coberto sem ônus financeiro, como argumentam alguns agricultores, e que pode até tornar-se uma fonte de renda.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008

Florestas em solo degradado

De acordo com levantamento daquelas entidades, na maioria das propriedades canavieiras somente 70% da área é cultivada. Os outros 30%, que englobam Reserva Legal, Áreas de Proteção Permanente (APP) e terrenos inutilizados, poderiam, segundo as ONGs, ser recobertos por floresta e transformadas em Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN), o que possibilitaria a inserção no mercado internacional de créditos de carbono, por exemplo. Por enquanto, as entidades preparam a primeira etapa do trabalho, na qual uma região de São Paulo, maior produtor de cana do país, será usada como estudo de caso sobre a paisagem sucroalcooleira e formas de recuperação adequadas às características regionais. Depois, a idéia é expandir o trabalho para todo o país. Segundo a Unica, ainda não há data para a formalização do grupo que faz parte do projeto, chamado “Diálogo da Cana”.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008

Abelhas desaparecem no sul

Os apicultores de Santa Catarina estão com uma pulga atrás da orelha: de uma hora para outra, a produção de mel despencou vertiginosamente. A explicação reside no desaparecimento das abelhas – no estado, estima-se que 12% da população do inseto tenha paradeiro desconhecido. Segundo notícia do jornal Diário Catarinense, ácaros, vírus, ondas de telefone celular e pólen de plantas transgênicas ou contaminado por pesticidas já foram levantadas como possíveis causas do problema.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008

Aquecimento global pode ser culpado

Até agora, no entanto, não há um diagnóstico preciso dos motivos que levaram ao desaparecimento das abelhas. Mas, em breve, ele pode surgir. De acordo com Walter Miguel, chefe do Centro de Treinamento e Pesquisa da Cidade das Abelhas, em Florianópolis (SC), é possível que a mudança climática seja a vilã da história. Isso porque, na época do frio, a colméia naturalmente reduz sua população em virtude da falta de alimento causada pela escassez da florada. Esse ano, porém, o inverno chegou mais cedo e durou pouco. Com isso, a reprodução aconteceu antes do previsto e impôs a luta por pouca comida.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008

Árvores contra o calorão

Quem sofre com o calor típico dos grandes centros urbanos, deveria dar uma olhada na dissertação de mestrado da arquiteta Loyde Vieira de Abreu, desenvolvida na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp. Ela comprovou o que a prática já mostrava: o conforto térmico em áreas externas e próximas às árvores é muito melhor do que naquelas sem vegetação. A sensação de bem-estar é sentida mesmo fora da sombra da copa da árvore. Mais informações aqui.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008

Ao arrepio da lei

Na mais pura ilegalidade, o pólo siderúrgico de Minas Gerais segue consumindo carvão vegetal produzido com madeira nativa regional e de estados vizinhos como Bahia, Piauí, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Estado de S. Paulo noticiou, ontem, que o governo mineiro quer fixar cotas para reduzir o consumo de florestas naturais até 2017. Detalhe: a legislação federal obriga toda e qualquer siderúrgica a ter lavouras de árvores exóticas para seu consumo no prazo de 10 anos após sua instalação. As empresas estão instaladas em Minas Gerais há mais tempo. Mesmo assim, nada de cumprir a lei.

Por Salada Verde
30 de setembro de 2008