Mudanças climáticas a 40 graus

Nesta terça-feira de calor intenso começou em Cuiabá um seminário promovido pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pelo Instituto Centro de Vida (ICV) para discutir as conseqüências das mudanças climáticas para a agricultura. Produtores rurais, pesquisadores, representantes indígenas, estudantes e jornalistas compareceram à abertura do evento, que termina nesta quinta-feira. Segundo Marcio Santilli, do ISA, a intenção é tentar abrir nos próximos dois anos discussões em diferentes cidades brasileiras para conhecer as maiores fragilidades ambientais e sociais decorrentes das mudanças no clima e encaminhar propostas para elaboração de políticas públicas.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Céu azul

Em sua breve apresentação de boas vindas, o secretário de meio ambiente de Mato Grosso, Luis Henrique Daldegan, não perdeu a oportunidade de discursar sobre o papel do governo Maggi na redução do desmatamento no estado, que ainda lidera com folga o ranking dos mais devastadores da Amazônia. Como sinal dos tempos, pediu que os visitantes olhassem para cima e vissem o céu azul, uma benção para o estado que, tradicionalmente nos meses de setembro fica encoberto pela fumaça das queimadas.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Amazônia a 300 metros

Se Mato Grosso andou fazendo mesmo seu dever de casa é uma questão bastante controversa, mas no que se refere a pesquisa cientifica o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (INPA) quer dar um passo a mais. Segundo o pesquisador Antonio Manzi, o Brasil quer instalar uma torre de 300 metros na floresta amazônica para realizar estudos sobre química da atmosfera e física da turbulência (processos de trocas entre a superfície e a atmosfera), em parceria com o governo alemão. Os recursos devem ser assegurados em novembro, assim como a definição da instalação da torre em algum canto que tenha energia elétrica no estado do Amazonas.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Um rio à beira do colapso

O rio Corumbataí, que nasce em Rio Claro, interior de São Paulo, e desagua no Piracicaba, está passando por um período de mortandade de peixes. Milhares deles amanheceram ontem mortos ao longo de uma extensão de 10 quilômetros. É sinal de que a qualidade de suas águas está entrando em colapso. E os moradores da região parecem ter consciência disso. Reportagem da Gazeta de Piracicaba mostra que a maioria há muito deixou de comer peixes que nadam no Corumbataí.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Cerrado

A Proposta de Emenda à Constituição 115/95 perambula pelo Congresso há 13 anos. Por isso, Cerrado e Caatinga ainda estão fora da lista oficial de Patrimônios Nacionais. Poucos parlamentares tentam colocá-la em votação, enquanto a pressão contrária à preservação dos bens naturais do país segue vencendo a queda de braço. Amanhã é Dia do Cerrado, mas o bioma permanece sem monitoramento por satélite, com poucas áreas protegidas e visto como formação de valor menor. E pior, moeda de troca das tentativas de proteção da Amazônia.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Reservas particulares

O governo criou hoje mais de 800 hectares em reservas particulares do patrimônio natural (RRPNs), nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Assessor

O ex-secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Hamilton Pereira da Silva, foi nomeado assessor da Agência Nacional de Águas.

Por Salada Verde
10 de setembro de 2008

Paraíba é contaminado por metais pesados

A Bacia do Rio Paraíba do Sul, que corta os estados de São Paulo (23,7%), Minas Gerais (39,6%) e Rio de Janeiro (36,7%), é uma das mais poluídas do Brasil. Essa é a constatação de um recente estudo feito por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), que identificou concentrações de cádmio, metais pesados e pesticidas em golfinhos e botos da região. “O médio Paraíba e a foz [da bacia] são os trechos mais poluídos”, explica o pesquisador da ENSP Salvatore Siciliano. Por cortar regiões altamente urbanizadas, a bacia sofre com constantes processos de contaminação industrial e doméstica.

Por Salada Verde
9 de setembro de 2008

Paraíba do Sul pode perder última mata

Com se não bastasse a sua poluição, o Paraíba do Sul corre o risco de perder sua última área de vegetação minimamente preservada. Ela  encontra-se em ilhas fluviais localizadas em seu curso médio inferior, na divisa do Rio com Minas Gerais. Mas pode sumir em breve sob a construção de duas barragens. As ilhas servem de habitats para espécies ameaçadas, como o Cágado do Paraíba, a Pirapitinga, Piabanha e a Garça Branca.

Por Salada Verde
9 de setembro de 2008