Newsletter Eleições 2022 | Notícias da Semana #8
13 de novembro de 2022
Em Rio Branco, bolsonaristas estão acampados desde a semana passada em frente ao 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), sede do Exército no Acre, reivindicando pautas golpistas. Aos gritos, eles pedem intervenção militar das Forças Armadas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito ao cargo de presidente da República. Desde o fim da votação do segundo turno das eleições gerais de 2022, apoiadores do atual presidente e candidato derrotado, Jair Bolsonaro (PL), continuam a fazer protestos contra o resultado das urnas em alguns estados da Amazônia Legal. A reportagem de Fabio Pontes mostra como a região – onde o bolsonarismo tem bastante resistência – pode representar um dos principais desafios para a retomada da política de fiscalização e combate aos crimes ambientais na Amazônia.
Em mais um texto, Fabio revela que, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência e sua sinalização de reconstruir a política ambiental brasileira, a correlação de forças entre os governadores da Amazônia Legal e o Palácio do Planalto começa a se reconfigurar. Apesar da maioria dos governadores ter se aliado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua política de enfraquecimento da preservação da floresta, hoje, a tendência é de quase um alinhamento automático dos atuais governadores bolsonaristas com o governo petista. Essa aproximação se faz necessária ante a grande força que o governo federal exerce na região, com os estados sendo dependentes das transferências de recursos da União.
Durante toda a campanha política pela presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressaltou que retomará a questão ambiental como uma prioridade de governo. Não à toa, depois da sua eleição, brotam na imprensa nomes dos que possivelmente comandarão o Ministério do Meio Ambiente. Tudo indica que a decisão de Lula revolverá entre duas ex-ministras da gestão petista, que seguem no topo da lista de cotados, Izabella Teixeira (2010-2016) e Marina Silva (2003-2008). A assessoria de comunicação da campanha de Lula afirmou ao ((o))eco que essa decisão não foi tomada ainda. Juliana Arini comenta a especulação, pois os nomes da transição ambiental só serão formalizados nos próximos dias.
Boa leitura.