26 de outubro de 2022

O segundo turno das eleições para governador de São Paulo, disputado entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT), segue a tônica do debate nacional. De um lado, um dos mais incensados ministros do governo Bolsonaro. Do outro, um também ex-ministro que disputou o segundo turno das eleições de 2018 contra o atual presidente, e que tem a imagem muito atrelada ao atual presidenciável petista, Luiz Inácio Lula da Silva. Neste embate tão nacionalizado, o meio ambiente acaba por seguir pelo mesmo caminho.

Alinhado ao pensamento bolsonarista, Tarcísio defende propostas como a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) - que provê o fornecimento de água num estado castigado pela crise hídrica - e a “desburocratização” do licenciamento ambiental. O ex-ministro, porém, busca se afastar das polêmicas da gestão (anti)ambiental de Ricardo Salles (PL), afirmando que não haverá “boiada” durante seu governo - uma referência à infame declaração do agora deputado federal pelo estado. Em comum com Salles, porém, está a crítica ao “ativismo ambiental”.

Haddad, por sua vez, dá maior ênfase ao meio ambiente em seu plano. Assim como Lula, o candidato petista dá destaque à economia verde, com incentivos e linhas de crédito a setores que promovam o desenvolvimento sustentável. Ao contrário de seu adversário, Haddad defende a manutenção da Sabesp como empresa pública, além de criticar a gestão ambiental bolsonarista, citando a alta no desmatamento da Amazônia - que afeta o ciclo de chuvas no Sudeste. O candidato, porém, defende a instalação de um projeto habitacional às margens da Represa Billings, feito em sua época como prefeito da capital, que afetou 13 nascentes de rios localizadas na região.

Separamos 6 matérias que ajudam a contextualizar o debate ambiental na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Boa leitura!

Gabriel Tussini
Jornalista de ((o))eco para as eleições 2022

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