O Clemenceau, antiga nau capitânia da Armada francesa e irmão gêmeo do nosso porta-aviões São Paulo, virou um navio fantasma. Desativado, ia ser enviado à Índia para ser desmontado e vendido como sucata. Ambientalistas da Europa e Ásia acusaram a França de estar exportando poluição, porque o Clemenceau tem praticamente toda a sua estrutura revestida com amianto. As cortes indianas proibiram que o trabalho fosse feito no país. O egito impediu que o barco passasse pelo canal de Suez. Resultado, o Clemenceau ruma agora de volta ao porto de Brest, sua antiga base. Será péssimamente recebido. O prefeito da cidade disse ao Le Monde que teme os estragos que o navio poderá causar ao seu litoral se ficar ancorado apodrecendo.
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