Nove países europeus se unem formalmente este mês para resolver um dos maiores problemas da geração de energia por fontes renováveis: a imprevisibilidade da natureza. Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Suéca, Irlanda e Reino Unido começam a elaborar agora em janeiro uma rede interligada de geração de energia limpa em torno do Mar do Norte. A idéia é tornar o abastecimento de energia mais seguro e confiável para os consumidores por meio do equilíbrio de fontes renováveis em todo o continente.
A rede será composta por milhares de quilômetros de cabos submarinos de alta eficiência que irão conectar as turbinas eólicas off-shore do norte da costa da Escócia com os painéis solares da Alemanha, com a energia produzida pelo poder das marés na costa belga e dinamarquesa, com as barragens dos fiordes da Noruega. O ponto de partida para a construção da rede será um estudo produzido em 2009 pela European Wind Energy Association (EWEA) sobre onde esses cabos poderiam ser instalados.
Além deste trabalho entre os nove países, a Comissão Européia também está estudando propostas de uma rede no Mar do Norte. Seu plano de ação deve ser concluído ao final de 2010 e os resultados serão introduzidos ao plano dos nove países. Este projeto seria a espinha dorsal de uma super rede de eletricidade no futuro europeu.
Pesquisadores já vislumbram, inclusive, a possibilidade de unir as redes a um projeto alemão lançado em meados de 2009, sob o nome Desertec Industrial Initiative (DII), que pretende criar uma rede de transmissão de energia solar entre os desertos do Oriente Médio, Norte da África (chamados de MENA) para a Europa. A idéia do DII é que em 2050, 15% da energia consumida na Europa seja fornecida pelo projeto.
Atalho:
– Desertec Industrial Initiative
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