Entre os anos de 2000 e 2008, o número de municípios com coleta seletiva aumentou em todo país. Essa foi uma das principais conclusões do Atlas de Saneamento 2011, lançado nesta terça-feira pelo IBGE. Segundo o instituto, em 2000, 8,2% municípios informavam possuir coleta seletiva, enquanto 8 anos depois o porcentual aumentou para 17,9%.
Os dados, entretanto, não revelam somente um quadro positivo. O IBGE considera o percentual ainda baixo e entre aqueles que fazem a separação dos resíduos, somente 38% atendem todo o território municipal .
O gráfico abaixo, disponibilizado pelo IBGE, mostra a evolução entre 2000 e 2008. Os mapas indicam a concentração dos serviços nas regiões Sudeste e Sul, onde o porcentual de municípios com coleta seletiva é de 40%. Nas outras regiões, a proporção fica abaixo dos 10%
Outro dado importante destacado pelo instituto foi um mapa mostrando as ameaças de aterros de resíduos perigosos e de locais sem tratamento de esgoto aos principais aquíferos do país. Na imagem abaixo, os pontos em vermelho mostram que sobre quase todas as grandes reservas de recursos hídricos subterrâneos existe a disposição de lixo industrial perigoso.
Com respeito aos dados gerais sobre a cobertura de saneamento, o Atlas 2011, que foi baseado nos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008, revela uma melhora no total de cidades com acesso a todos os serviços. O avanço ocorreu nos centros urbanos onde houve também o maior crescimento demográfico. Na Região Norte ou Centro Oeste por exemplo, o total de municípios com rede coletora de esgotos praticamente dobrou, passando de 32 a 60 e 80 a 132, respectivamente. Olhando no mapa abaixo, pode se notar que o aumento nestas regiões se deu em paralelo às altas taxas de crescimento demográfico de Manaus e o Distrito Federal.
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