Quando tempo você se envolveu para fazer o livro? (Não vale dizer a vida toda hein!)
Bom, o livro é o resultado de meus dez anos de mergulho, somados à experiência de ter trabalhado em Fernando de Noronha para a criação do Parque Nacional, entre 1985 e 1988, e sua declaração como Patrimônio Mundial em 2011. Escrevê-lo levou uns três meses, mas no fundo é uma história de vida!
Como surgiu ideia?
A Editora CulturaSub queria alguém que abordasse o mundo sub do Nordeste sob uma ótica de conservação, para acompanhar as belíssimas fotos do Fernando Clark sobre a região. Daí surgiu essa parceria que, espero, vai continuar no futuro.
Esse tipo de mergulho pode virar impulso para conservação?
A história que o livro conta é justamente essa – a de que o mergulho recreativo é uma poderosa ferramenta de conservação marinha. O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha foi criado graças ao apoio da então única operadora de mergulho do arquipélago, e hoje tem no mergulho – altamente controlado pela fiscalização local – um de seus principais atrativos. Em Recife, a parceria dos operadores com as universidades locais criou o Parque dos Naufrágios, em que barcos foram afundados de maneira proposital e controlada para criar refúgios de vida marinha, que hoje geram emprego e renda com a preservação nesses pontos. Essas histórias se repetem em vários outros países em desenvolvimento, em que o mergulho é o principal incentivo econômico para a conservação marinha, e é preciso que aqui no Brasil se conheça e se replique esse tipo de experiência.
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