Portegido e alimentado, nem parece que esse filhote de suçuarana, também conhecido por onça parda (Puma concolor) é um sobrevivente. Foi adotado no final de novembro, com menos um mês de vida, após sua mãe ser atropelada em uma rodovia em Ituverana, divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Atualmente, vive sob os cuidados dos veterinários do Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, Campus de Botucatu.
Virou sensação no Centro. Por causa das inúmeras perguntas sobre o sexo do bichano, ganhou o nome de Nino. ‘É Nino de menino. As pessoas o chamavam de onça, ou perguntavam pela onça, daí respondíamos que era menino e ficou Nino’, afirma o professor Carlos Teixeira, em entrevista ao portal da Instituição.
O filhote está com quase 4 meses e pesa mais de 6 kg. Quando chegou, no final de novembro, pesava menos de 1 kg. “Ele ficará no Cempas para que possamos acompanhar seu crescimento e dieta, pois há uma variedade de doenças nutricionais que podem afetar esses animais enquanto filhotes”, afirmou Guilherme Duarte, médico veterinário residente do CEMPAS, em entrevista por email a ((o)) eco.
Pelo menos até completar 6 meses, o filhote terá sua moradia garantida no Cempas de Botucatu. A avaliação da equipe que cuida do Nino é que ele dificilmente retornará à natureza, pois desde muito pequeno tem contato com pessoas e não conseguiria se adaptar.
“Após passado o período crítico o colocaremos a disposição dos órgãos competentes para que possa ser encaminhado a um Zoológico, criadouro ou qualquer instituição apta a recebe-lo, porém apenas a secretária do Meio Ambiente poderá autorizar essa transferência”, explicou Duarte.
A onça parda é uma espécie classificada como vulnerável. A principal ameaça à sobrevivência da espécie vem por perda de seu habitat e caça ao animal.
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