![Uma [i]Parides ascanius[/i] ou borboleta-da-praia macho. Foto: Wikimedia Commons](/wp-content/uploads/oeco-migration/images/stories/jan2014/borboleta-praia.jpg)
Ela gosta de sol. É Fluminense. Frequenta praias, mas só as mais reservadas. Para manter a forma tem uma dieta bem restrita. Alguém poderia achar que esta é a descrição de uma típica jovem carioca. Quase. Na verdade, trata-se da borboleta-da-restinga ou borboleta-da-praia (Parides ascanius), uma espécie endêmica do Estado do Rio de Janeiro, encontrada nas poucas áreas de restinga pantanosa entre o litoral das cidades de Campos e o de Mangaratiba, e no extremo sul do Estado do Espírito Santo.
Conhecida lá fora como Fluminense Swallowtail (em inglês, algo como “Cauda de Andorinha Fluminense”), a borboleta-da-praia adulta tem asas negras, com uma faixa branca que atravessa ambas as asas e uma característica mancha rubra nas asas posteriores. Na fase de larva é castanha clara com tubérculos em todos os segmentos do corpo.
As larvas são monófagas e se alimentam exclusivamente da planta de Aristolochia macroura, conhecida como jarrinha. Quando adultas — já na forma de borboleta –, em seus lentos e graciosos voos, têm como favorito o néctar da flor de Lantana camara, conhecida como cambará, embora também se satisfaça com outras, como o gervão (Stachytarpheta cayennensis).
A duração da vida dos adultos é de duas semanas a um mês. As fêmeas, que podem viver até três semanas, colocam seus ovos em locais isolados, às vezes sob a folha da jarrinha, ou perto da mesma, em galhos secos ou outros suportes. O risco está nas pequenas vespas, parasitas dos ovos da borboleta-da-restinga. Os demais predadores de borboletas, como pássaros, a evitam por seu sabor desagradável. Este mecanismo de defesa começa cedo: a larva absorve e armazena substâncias tóxicas das folhas de Aristolochia macroura, que permanecem quando atingem a maturidade, tornando o inseto impalatável aos seus potenciais predadores.
A maior ameaça à espécie é a sistemática destruição de áreas de vegetação brejosa ou pantanosa em todo Rio de Janeiro. Com a redução das restingas, o inseto se torna ainda mais prejudica por seus hábitos monófagos, pois restam menos opções de áreas capazes de sustentar suas necessidades. Não surpreende que para o ICMBio a espécie esteja Em Perigo e para a a IUCN, a espécie seja classificada como Vulnerável à extinção.
Leia também
Chauá, o papagaio de muitos apelidos
Uma coleira para a preguiça
Tiriba-de-orelha-branca, o verdinho ligadão no seu lar
Leia também

Petróleo gera royalties, mas não desenvolvimento na Amazônia peruana
A exploração de petróleo no Peru gera milhões para obras públicas, mas, em 2023, apenas metade dos recursos chegou aos municípios amazônicos →

Enquete mantém alta rejeição a rebaixamento da Serra do Itajaí de parque para floresta nacional
O autor da proposta diz que a mudança resolveria conflitos com propriedades privadas dentro da unidade de conservação →

Cerrado em Cores: um mergulho no fantástico mundo das flores e beija-flores
Mais do que uma visão encantadora, a relação dos beija-flores com diferentes flores nativas do Cerrado ajuda na resiliência e regeneração do bioma →
Eu achei meio grande mas tem muitas informações que algum dia, alguém pode precisar.eu já fiz o meu trabalho e agora é só entregar e ver a nota que eu posso tirar com essa descrição, dá pra entender muito bem, eu tirei minhas dúvidas, e achei esse saite bem top ,claro ele pode ser bem grandinho mais tem muitas informações, isso eu achei super legal etc…
E muito grande vou usa na minha escola

este site é uma verdadeira BOSTA