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Copa do Mundo das áreas protegidas: Suíça

A Suíça já chegou às quartas de final em 3 Copas do mundo e exibe vitoriosa dois títulos de patrimônios naturais da humanidade em seu território.

Daniele Bragança ·
20 de junho de 2014 · 9 anos atrás

Vitoriosa em sua partida de estreia na Copa do Mundo de 2014, sua décima participação na competição, a Suíça não tem um histórico satisfatório nos mundiais, embora já tenha chegado as quartas de final nas Copas de 1934, 1938 e 1954 (quando foram os anfitriões). Neste ano, a Suíça quer, no mínimo, repetir sua melhor classificação em mundiais, que foi coincidentemente em 1950, o primeiro Mundial realizado em terras tupiniquins.

Primeira em seu grupo nas Eliminatórias, a Suíça conta com uma geração equilibrada, que chegou a vencer o Brasil em seu primeiro amistoso após a conquista da Copa das Confederações de 2013. Seus principais expoentes são Xherdan Shaqiri, habilidoso meia do Bayern de Munique (ALE); Stephan Lichtsteiner, lateral direito da Juventus (ITA) e Gökhan Inler, meia do Napoli (ITA).

No campo das áreas protegidas,o principal atacante da Suiça é o Parque Nacional Suíço, o único do país. O parque preserva 17.030 hectares (ou 170,3 km²), o que equivale a 0,4% do território do país. É uma área pouco menor que o gaúcho Parque Nacional de Serra Geral, com seus 17.301,89 hectares, criado em 1992.

O Parque Nacional Suíço (Parc Naziunal Svizzer) fará 100 anos no dia 01 de agosto. É o primeiro parque nacional nos Alpes e um dos primeiros da Europa. É resultado de uma luta travada pela centenária Pro Natura (ex-Associação Suíça de Proteção à Natureza), a primeira organização ambientalista da Suíça, fundada em 1909. O Brasil demorou mais 23 anos para criar o primeiro parque: o Parque Nacional da Itatiaia, em 1937, ainda durante os anos Vargas.

O Parque Nacional Suíço foi criado para garantir que um pedaço de paisagem de montanha da Suíça se mantivesse inteiramente preservada e que qualquer alteração fosse objeto de observação e pesquisa científica. O parque protege um pedaço da paisagem alpina, com uma riqueza de flora e fauna (como camurça, veados e marmotas). Contém grande variedade de trilhas com diferentes graus de dificuldade, que no total somam 80 km. Por ser uma área de proteção integral, lá é proibida a entrada de cachorros e não há estação de esqui. Aproximadamente 150 mil pessoas visitam o parque todos os anos.

Além do parque, a Suíça mantém mais duas áreas protegidas: Alpes Suiços Jungfrau-Aletsch-Bietschhorn (de 82.400 hectares, que entrou para a lista de Patrimônio Mundial da UNESCO em 2001) e a Região tectônica de Sardona, também tombada pela Unesco em 2008, que abrange 32.850 hectares de paisagem montanhosa.

Veja abaixo algumas das figurinhas carimbadas da Suíça.

Região tectônica de Sardona
Região tectônica de Sardona

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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Comentários 5

  1. Vlamir Leggieri diz:

    É colhido mais cedo e exige mais herbicidas. Só bobo pra acreditar num semi artigo desse.


  2. Julio diz:

    BRASIL , MAIOR PRODITOR DE CELULOSE, COM APENAS 0,5% DE SEU TERRITÓRIO EM EUCALIPTO.KE
    Será lobby das madeireiras candadenses?
    Lá, derrubam de verdade ,o dobro do que “queimam” na Amazônia.
    Arvores da Amazônia como pau de balsa, pouco pesquisados, crescem em 2,5 a 3 anos, muito mais q eucalipto. NEM POR ISTO, A AMAZÔNIA SECA…


  3. Paulo Roberto diz:

    Se os motivos apresentados pela turma da campanha, porque nada foi colocado sobre sequestro de carbono, provenientes dessas áreas plantadas?


  4. Renato Ribeiro dos Santos diz:

    Esse movimento deveria estudar mais sobre cultura de Eucalipto.


  5. MARCO ANTONIO ARAUJO MARTINS diz:

    Conseguiu vitoria porque comprou , mais uma vez, parte do legislativo. Inocência seria acreditar que
    os legisladores votaram a favor do ladrão condenado, por patriotismo ou bem do Brasil. Puro intere$$e particular. Como patrocina ONG$.